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Paulo Leandro
Publicado em 16 de junho de 2021 às 05:08
- Atualizado há um ano
Clube do Remo e Ceará Sporting são os novos pares de opostos de Vitória e Bahia, respectivamente, nesta quarta-feira, pelo Campeonato de Acesso (Super-série) e quinta, pelo Brasileiro, conhecido por ‘Cérei A’, em itinguês-raiz.
Animado com a inauguração de um centro de treinamento, ao percorrer trilha idêntica à do Vitória, investindo na casa própria, o Remo volta à segundona, depois de açoitado em 13 estações de uma via-crucis à qual fora condenado desde o ano de 2007, ao descer para a C.
Duelo de leões e clubes-pai do desporto em seus estados, tendo as regatas como origem de classe, o reencontro escava na arqueologia do Vitória, a estreia no Nacional de 1972, quando o presidente Pirinho conseguiu a vaga, depois de traído pela federação Baêa no ano anterior.
O “ôxo” na Fonte Nova honrou o brioso quadro paraense, afinal o Vitória - hoje prestes a comemorar o cinquentenário daquele timaço - mandou a campo Agnaldo, Luiz Mota, Luiz Carlos, Walter e França; Juarez e Gibira; Osni (Rubinho), Almiro, Jeremias (André) e Mário Sérgio.
O Remo também não era fraco, tendo como principais destaques o goleiro Dico, o lateral Aranha, o zagueiro Dutra, depois adquirido pelo Vitória, e o ataque, com Dionísio, Caíto e Peri.
Nesta temporada, o Remo tem o comando de capitão Lucas Siqueira, enquanto o time tenta tapar os buracos deixados pela defesa mal posicionada, convidando às bolas nas costas e ainda marcando mano a mano, permitindo triangulações e trocas de passes do adversário.
Mostrou a retaguarda remista desatenção, nas tabelinhas no chão e lançamentos longos, pois em mais de uma jogada, os zagueiros visaram a bola e ela chegou ao corpo inimigo, catando o arqueiro no fundo da rede a criança, ao sair sem pai nem mãe da cidadela desguarnecida.
O ataque tem alternado cruzamentos da direita e da esquerda, visando impulsão de cabeceadores, cuja leveza ajuda a subir, recomendando aos rubro-negros total cuidado, cada um com o seu e ninguém solta, cercando sem fazer a carga para não dar pretexto a pênalti.
Depois de bom empate com o CRB, cedido após fazer 2x0, o Remo venceu o Brasil por 1x0 em Belém e tomou 3x0 do Botafogo, enfrentando o Leão paraense, o Avaí em Santa Catarina, depois de receber a visita do Vitória.
‘CÉREI A’ Lembrando serem humanos, aqueles a utilizar ou não o VAR, o Bahia foi garfado (buá) diante do Internacional, mas tem chance de reabilitação, diante do Ceará, de boa lembrança recente, devido à conquista de mais uma Copa do Nordeste pelo Bi.
Os dois times já se conhecem bem, daí o momento psiché funcionar como o fiel desta balança, pois o Ceará vem sendo cobrado por torcedores, até mesmo alguns indo esperar os jogadores no aeroporto para dizer-lhes umas verdades.
No plantel do Vozão, há um jovem baiano, Cléber, de Bonfim e de Jesus, aliando à Sentinela Avançada e ao Salvador do mundo a energia dos ilês axés do quilombo onde nasceu e foi criado, o Engenho Velho da Federação do Bogum de Mães Runhó, Nicinha e Nandoji Índia.
Dali, com a guia dos encantados, Cléber foi para a terra de Ciro, mas mesmo se entrar no jogo contra o Bahia não evitará a derrota, neste momento estressante, pois não está sendo fácil aguentar o Fortaleza, líder, com três ‘Vitória’.