Levar ensino superior ao interior é investir no desenvolvimento do país

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  • Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2022 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Para residentes do interior, fazer uma graduação foi, muitas vezes, algo distante. Esse feito era ainda mais distante para moradores do interior do Nordeste, onde o acesso ao ensino superior, historicamente, era bastante restrito. A principal alternativa era buscar melhores condições de vida em capitais nordestinas ou migrar para o Sudeste. 

A chegada de Instituições de Ensino Superior (IES) ao interior da Bahia significou a oportunidade de poder estudar perto de casa para milhares de alunos que não tinham estrutura para se manter longe de suas famílias, além de poder, através do conhecimento adquirido, contribuir enquanto profissional e cidadão em sua própria terra natal. Sou exemplo vivo disso. 

Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) revelam que 84% dos estudantes que concluíram os cursos de graduação, em 2020, são da rede privada e 16% são da rede pública.

E a presença de faculdades no interior não impacta apenas a educação. A economia também é afetada, pois a instalação e manutenção de um campus, como o da Ages Paripiranga, por exemplo, movimenta a economia local com a vinda de estudantes de outras cidades e estados. Sem contar no incremento imobiliário, restaurantes, lanchonetes e até fábricas.

Também há efeitos de médio e longo prazo no mercado de trabalho, já que os egressos levam os conhecimentos adquiridos para os setores em que atuam. Há, ainda, avanços determinantes ao desenvolvimento regional, estes, ligados ao desenvolvimento humano.  Vale frisar que a presença de uma IES no interior é tão importante quanto uma na capital. Nelas, há realização de projetos sociais, fomento à pesquisa e extensão, apoio a eventos culturais e  formação de profissionais pensantes e ousados. 

Essa “reviravolta” socioeconômica na vida de jovens e adultos interioranos também acontece com a presença da Ages, que há 40 anos leva educação ao interior do Nordeste. Na Bahia, hoje, a Ages possui cinco unidades: em Irecê, Jacobina, Paripiranga, Senhor do Bonfim e Tucano. Em Sergipe, ela está presente em Lagarto.

Até aqui, são milhares de estudantes formados e vidas transformadas, motivo de muito orgulho! Quando falo vidas transformadas, não me refiro apenas aos estudantes e egressos, mas àquelas pessoas impactadas através de sua atuação profissional e dos serviços comunitários oferecidos, por exemplo. 

Levar ensino superior ao interior é investir no desenvolvimento do país. Temos uma nobre missão: continuar com esse legado e propósito de transformações, respeitando as culturas locais, atentos às características de cada microrregião em que atuamos para melhor definir a oferta de cursos de graduação - hoje, já são 60 -, o que amplia as chances de emprego e renda, apresentando à sociedade cidadãos e profissionais diferenciados.

Robson Santana é educador e diretor de Microrregião da Faculdade Ages  

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