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Jairo Costa Jr.
Publicado em 7 de junho de 2022 às 05:00
- Atualizado há 2 anos
Decididos a romper de vez o isolamento em relação aos demais polos ruralistas do estado, eixo da estratégia voltada a ampliar a influência política do setor, lideranças do agronegócio do Oeste da Bahia intensificaram as costuras para formar uma aliança unificada com produtores de outros territórios agrícolas de relevância econômica. Em especial, as regiões Sul, conhecida pela diversidade de culturas e pela alta produção de cacau, e Norte, gigante nacional da fruticultura irrigada no Vale do São Francisco. A estratégia é aumentar a musculatura para brigar por reivindicações comuns a todos e assegurar apoio mútuo em demandas específicas de cada polo.>
Um por todos A ofensiva para unir os grandes players da agricultura no estado dominou as conversas entre pesos-pesados do setor nos bastidores da Bahia Farm Show, em Luis Eduardo Magalhães. Embora o Oeste seja o mais pujante centro do agro baiano, a avaliação é de que, sozinho, ele não tem poder suficiente para impor pautas que interessam aos produtores locais.>
Aumento muscular Nas análises conjuntas, representantes do agronegócio no Oeste se disseram convictos de que chegou a hora de sair do casulo e construir pontes sólidas com porções do estado onde o campo é motor econômico e maior gerador de empregos na iniciativa privada. Além do Sul e do Norte, a ideia é agregar também regiões como o Sudoeste e a Chapada Diamantina, destaques na produção de café de qualidade superior. Para eles, a integração entre os polos garantirá força para pressionar políticos com base eleitoral na zona do agro a se empenharem na defesa do setor e gás extra para duelar, em pé de igualdade, com estados em que a agricultura possui influência considerável junto ao Congresso e ao governo federal.>
Olhos acesos Com o promotor baiano João Paulo Schoucair de malas prontas para tomar assento no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), as atenções entre membros do Ministério Público do Estado se concentram agora em saber quem assumirá o lugar dele à frente do Gaeco, grupo especializado no combate ao crime organizado do MP. Por trás da expectativa em relação ao sucessor de Schoucair, está o controle da unidade sobre casos espinhosos de corrupção.>
Água na fogueira A polêmica em torno dos cachês milionários pago a estrelas da música sertaneja melou os planos do governo do estado para lucrar politicamente com o São João. Ou seja, despejar verbas públicas para vitaminar festas juninas no interior, em troca de apoio na sucessão e lugar na vitrine dos eventos bancados pela máquina estadual. Diante de tantas antenas ligadas, abrir o cofre para alimentar a gastança se tornou um risco inesperado.>
Ponta de iceberg Ao mesmo tempo, as revelações da cantora Anitta sobre a existência de um tipo de "rachadinha" nos contratos de prefeituras com artistas, exibidas ontem pelo Fantástico no rastro da chamada "CPI do Sertanejo", podem desencadear uma série de investigações na Bahia. Desde 2020, estamos vendo os sinais que o povo baiano vem dando, inclusive nas urnas. Os ventos da mudança estão virando uma verdadeira ventania por todas as cidades do estado Sandro Régis, deputado estadual da União Brasil e líder da oposição na Assembleia, ao comentar o apoio majoritário à candidatura do ex-prefeito ACM Neto nos 30 maiores colégios eleitorais da Bahia>