Mãe vítima de cárcere privado comemora filhos dormindo em cama

Mulher foi acolhida pela irmã após sofrer por 17 anos

Publicado em 2 de agosto de 2022 às 09:58

- Atualizado há 10 meses

. Crédito: Reprodução / Redes Sociais

Após a tortura que sofreu de Luiz Antônio Santos Silva, de 49 anos, a mulher vítima de cárcere privado por 17 anos, gravou um vídeo falando sobre ter sido acolhida junto com os filhos por parentes e amigos. Atualmente, ela está vivendo na casa da irmã e explicou, com brevidade, as violências que sofria com o companheiro. 

"Ele batia, xingava, deixava a gente sem comer, sem água…Graças a Deus eu consegui pedir ajuda para uma vizinha minha, passei o contato da minha irmã, aí fizeram uma denúncia anônima. Os policiais prenderam ele e me levaram para o hospital. Fui muito bem tratada pelos enfermeiros. Eu e meus filhos", comentou a vítima.  Interior da casa feita como cárcere privado (Foto: Reprodução / G1) Ela enfatizou uma frase que conseguiu impactar os internautas que acompanharam o drama da mãe e os filhos de 22 e 19 anos que estavam acorrentados por anos: "Hoje meus filhos estão dormindo na cama, que eles não tinham. Estão conseguindo dormir".

Em outro relato, a irmã da vítima, que tem 42 anos e trabalha como empregada doméstica, contou ao site Extra que nunca mais tinha visto os sobrinhos e a parente porque Luiz impedia todos os familiares de chegarem perto. 

"Quando ele parou de deixar a gente ver as crianças, ameaçamos chamar a polícia, ele ficou apavorado e foi embora com todos eles. Nunca mais a gente viu. Não sabíamos onde eles moravam. Passaram anos e a gente até pensou que minha irmã tinha morrido", comentou. 

Ela continuou procurando a irmã pelas redes sociais, até que conseguiu achar o contato de Luiz. Em uma conversa de pouco mais de dois minutos, a irmã da vítima percebeu que ela estava precisando de ajuda. Alguns dias depois, a tia dos jovens recebeu uma ligação de uma vizinha da família, que também viveu em cárcere privado em Guaratiba, afirmando que a mulher pediu socorro pelo telefone. 

"A vizinha me ligou e disse que ela estava pedindo socorro, perguntando se eu podia pegar ela, resgatar ela. Sozinha eu não conseguiria fazer isso. Pedi uma amiga para denunciar e aí prenderam ele. Hoje eles estão bem: dormiram profundamente, se alimentaram bem. Minha irmã está tranquila. Mas, estamos contando com a ajuda dos amigos e vizinhos daqui da comunidade", falou.