Mais de 40% dos consumidores brasileiros aceitam divulgar dados pessoais

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  • Hugo Brito

Publicado em 13 de agosto de 2020 às 06:00

- Atualizado há um ano

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Uma pesquisa feita pela Harvard Business Review, em parceria com a Mastercard,mostrou que 44% dos consumidores aceitam entregar seus dados pessoais, em troca de descontos ou benefícios como um cafezinho gratuito, o que mostra que ainda é pequeno o entendimento do valor que os dados pessoais possuem. Boa parte dos entrevistados mostrou-se atento ao ganho que o uso comercial dos dados pessoais dá às empresas, já que 68% disseram acreditar que com isso elas tiram melhor proveito dos negócios. Mas, por outro lado, a pesquisa também mostrou que o consumidor ainda cuida pouco das suas preciosas informações pessoais. Apenas 51% dos entrevistados privilegiam a melhor segurança e privacidade para evitar que dados pessoais sejam comprometidos.

Entretanto, todo esse descaso contrasta com outro ponto da pesquisa, em que 62% dos consumidores mostraram que as maiores preocupações no meio digital são a fraude e o roubo de identidade. As empresas também foram ouvidas e alguns dados mostraram que, mesmo com a proximidade da entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD – não parece que elas vão ser, pelo menos incialmente, mais cuidadosas. Embora cerca de um terço dos clientes tenha dito na pesquisa que desejam ter mais controle sobre como sua privacidade é utilizada, apenas 22% das empresas atualmente priorizam dar aos consumidores esse controle.

No entanto, outro dado levantado mostra que o poder de ajustar isso continua nas mãos de quem compra. Quase metade dos consumidores ouvidos já deixaram de comprar de um determinado varejista porque estavam desconfortáveis com a declaração de privacidade usada pela empresa, ponto de atenção para os empresários descuidados com os dados dos clientes.

Desconexão empresa-consumidor

Joann Stonier, Chefe Global de Dados da Mastercard, enxerga que existe uma desconexão entre muitas empresas e seus consumidores digitais devido à maioria delas não colocar o consumidor no centro de tudo o que faz. Stonier arremata: "Eles usam essas informações sem considerar como os clientes se sentem sobre elas, e apenas concluem que o que estão fazendo é o que os usuários querem. As informações pessoais são apenas isso: pessoais. É cada vez mais importante que as companhias sejam atenciosas, éticas e responsáveis na maneira como coletam e protegem essas informações".

Para incentivar o aumento de confiança na relação digital entre consumidor e empresa a Mastercard lançou em 2019 o Data Responsibility Imperative, um programa baseado em um conjunto de princípios que orientam a coleta, o gerenciamento e o uso ético dos dados dando ao consumidor o controle sobre como suas informações são usadas. Em breve, o programa vai incluir uma lista de ações específicas que os consumidores desejam que as empresas realizem a cada 12 meses, como, por exemplo, solicitar regularmente consentimento para usar informações pessoais e impor um prazo rígido para permitir o compartilhamento sigiloso com terceiros.

Candidata à vice-presidência americana animou as grandes empresas de tecnologia

Segundo o jornal The New York Times, a senadora californiana Kamala Harris, agora candidata a vice da chapa de Joe Biden nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, aumentou ainda mais um possível movimento de crescimento nas doações de campanha vindas das empresas de tecnologia. O ponto que deixou esses sinais mais fortes foi a resposta dela a uma pergunta do jornal norte-americano sobre a discussão, cada vez mais forte no meio político do país, em relação a uma redução no tamanho de gigantes como Amazon, Facebook, Apple e Google por conta de sinais de que o grande poder dessas corporações exerça interferência nociva na livre concorrência.

Na resposta da agora candidata, o posicionamento foi aderente à ala que defende mais controle e fiscalização, mas não a obrigatoriedade de redução de tamanho, defendida por muitos congressistas com base na lei de combate à concorrência desleal, ou antitruste. Essa luz no fim do túnel, analisam os especialistas, deve mesmo deixar essas empresas com os cofres mais abertos na direção da chapa que se opõe a Donald Trump na campanha presidencial.

Mineradora usa aplicativo para proteger comunidade da covid-19

A mineradora JMC Yamana Gold, localizada em Jacobina, cidade a 355 km de Salvador, criou um aplicativo de triagem de saúde para os funcionários. Cada trabalhador preenche diariamente um questionário antes de sair de casa. Nele estão perguntas sobre eventuais sintomas que ele ou familiares apresentem, tudo feito de forma intuitiva após apontar o celular para um QR Code. O monitoramento é integrado com a equipe de saúde da empresa que entra em campo caso perceba alguma alteração que possa trazer sinais de contaminação, e atua visando proteger as equipes, seus familiares e, na última linha, a população de Jacobina. O preenchimento do questionário é obrigatório para funcionários e terceirizados. 

Ataques e mais ataques pela internet

Na próxima segunda, 17 de agosto, acontece um webinar para discutir os ataques cibernéticos, que apresentaram grande crescimento durante a pandemia, devido à ampliação exponencial do uso de tecnologias digitais online. Quem promove o encontro são a Apura, empresa especializada em segurança na internet, e o IEJA - Instituto de Estudos Jurídicos Aplicados. Além do debate, o encontro vai focar na capacitação de profissionais. O seminário ganhou o nome de “Ciberguerra: o Crime Agora é na Internet” e terá como debatedores o senador Marcos do Val, do Espírito Santo, titular da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Senado; o delegado Alesandro Gonçalves Barreto, coordenador do Laboratório de Operações do Ministério da Justiça; e Sandro Süffert, presidente da Associação Nacional de Cibersegurança, e CEO da Apura. Para assistir basta acessar o canal do YouTube do IEJA, na próxima segunda, 17 de agosto, a partir das 18h.