'Mais uma que Jair Bolsonaro ganha', diz Bolsonaro sobre suspensão de vacina

Presidente foi irônico ao citar o governador João Doria

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  • Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2020 às 09:08

- Atualizado há um ano

. Crédito: Isac Nóbrega/PR

O presidente Jair Bolsonaro comentou com ironia a suspensão dos testes da vacina Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan com o laboratório chinês Sinovac Biotech. Ele disse que o governador de São Paulo, João Doria, "queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la", ressaltou que é contra a obrigatoriedade da vacinação e disse que é "mais uma que Jair Bolsonaro ganha".

O comentário foi publicado no Facebook, em resposta a um seguidor que lhe perguntou se ele compraria a vacina, caso ela fosse considerada segura. O presidente compartilhou uma notícia sobre a interrupção dos testes. "Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Dória queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la. O Presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha", escreveu Bolsonaro. 'Mais uma que Jair Bolsonaro ganha', comemorou.

Twitter Nesta terça-feira (10), Bolsonaro fez uma extensa publicação nas redes sociais sobre quais ações o governo federal tem realizado para enfrentar a pandemia de covid-19.

Entre as medidas mencionadas no Twitter, o presidente citou a realização de testes clínicos para verificar se a vacina BCG - que protege contra formas graves da tuberculose - é "uma maneira preventiva da covid-19, reforçando o sistema imunológico" e outros 15 protocolos de vacinas nacionais em desenvolvimento para o vírus.

Bolsonaro também mencionou, como um dos esforços promovidos pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, estudos sobre a nitazoxanida no tratamento precoce da covid-19. O medicamento é um vermífugo que "reduz a carga viral", diz o tuíte do presidente, mas que não evita complicações da covid-19, segundo pesquisas médicas. Nas postagens, o presidente reforçou o caráter nacional das medidas implantadas e defendeu que o País ganhou independência de importações como, por exemplo, a de ventiladores pulmonares.

"O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, e o presidente Jair Bolsonaro trabalham, desde fevereiro, ao lado da ciência, no combate à covid-19", escreveu Bolsonaro.  Disputa política A vacina Coronavac, em desenvolvimento pelo Butantan, tem sido objeto de disputa política entre o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o presidente da República. Bolsonaro disse não que planeja adquirir o imunizante, contrariando, inclusive, manifestações dadas pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Apesar da disputa entre o presidente e o governador, Doria tem reforçado a confiança no trabalho "republicano" e "correto" do ministro Pazuello.

Nesta segunda, o governador paulista também havia anunciado o início das obras da nova fábrica do instituto para produção de vacinas, em especial, de imunizantes contra o coronavírus.