MAM tem que voltar a ocupar lugar de destaque no Brasil, diz Heitor Reis

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  • Ronaldo Jacobina

Publicado em 4 de maio de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

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(Divulgação) Museu de Arte Moderna da Bahia, no Solar do Unhão Museólogo de formação, Heitor Reis dirigiu o Museu de Arte Moderna da Bahia na época em que este espaço conquistou prestígio nacional e internacional. Hoje, à frente de um fundo de investimentos em arte, em São Paulo, o baiano retornou ao MAM-BA treze anos depois de ter deixado a instituição e conta suas impressões sobre o museu que comandou durante mais de uma década. Figura respeitada no mercado de arte internacional, o baiano conversa com exclusividade com à coluna sobre arte contemporânea e aponta quais os artistas baianos que estão em crescente projeção. Confira:  (Divulgação) Heitor Reis foi diretor do Museu de Arte Moderna da Bahia Como o senhor encontrou o MAM que segue numa reforma iniciada em 2009 e que até hoje não foi concluída?  Fiquei feliz em voltar em um momento muito especial que foi a exposição da talentosa artista Adriana Varejão, e ser recebido pela nova diretora, minha amiga, Tereco Costa Lino. Nos parece que agora as obras do museu serão concluídas.O MAM integrou o circuito nacional e até internacional de arte, o que precisa ser feito para voltarmos a ocupar este lugar? O MAM tem que voltar a ter condições técnicas de um grande museu, reabrindo seus espaços, dinamizando o acervo, se relacionando com outras instituições e com o circuito nacional e internacional para poder receber grandes eventos e exposições, recuperando o espaço perdido e voltando a ocupar o merecido lugar de destaque no cenário brasileiro.

Hoje você mora em São Paulo, onde dirige o principal fundo de investimentos em arte – O BGA. Fale sobre isso?  O Brazil Golden Art- BGA foi o primeiro fundo de investimento do gênero no país voltado para o segmento das artes plásticas, cujo  objetivo é constituir uma coleção que represente parcela significativa da arte brasileira e que ofereça grande potencial de valorização entre o investimento e o desinvestimento. Temos cerca de 600 obras no acervo.

Quem são os grandes expoentes da arte no Brasil hoje?   O Brasil produziu e produz dezenas de excelentes artistas entre emergentes e consagrados, cuja produção só agora está tendo reconhecimento no circuito internacional através da presença nos museus, instituições, coleções, galerias e grandes leilões. Helio Oiticica, Lygia Clark, Ligia Pape, o baiano Rubem Valentim, Além dos contemporâneos, Beatriz Milhazes, Adriana Varejão, Tunga, Waltércio Caldas, dentre outros.Da Bahia tem algum nome? Temos muitos artistas baianos na Coleção BGA, a exemplo de Mario Cravo Neto, Paulo Pereira, Aloísio Bezerra, Marepe, Almandrade, Mario Cravo Junior, dentre  outros. Ainda vamos incorporar outros artistas baianos.    (Mario Cravo Neto) A obra do fotógrafo baiano Mario Cravo Neto integra o acervo do BGA Você tem acompanhado a atual produção baiana? Quais os artistas da atualidade você vê como promessa no mercado de arte brasileiro? Existem muitos artistas que já têm uma trajetória e que de alguma forma já estão inseridos no mercado de arte. Sérgio Rabinovitz, Bel Borba, Caetano Dias, Virginia Medeiros e Marepe são alguns exemplos de artistas baianos. (Divulgação) Sergio Rabinovitz está entre os baianos com carreira  no mercado de arte O que, além do talento, leva um artista a conquistar um lugar de destaque no mercado de arte? O reconhecimento pela crítica especializada, uma boa galeria, participação em exposições e museus, feiras, leilões, coleções, etc. Esse conjunto é o que credencia um artista a participar do complexo universo do mercado de arte.Porque as pessoas não valorizam os museus brasileiros, mas vão para a Europa e freqüentam todos? Faltam bons espaços ou é cultural mesmo? Porque existem poucos museus brasileiros que são atraentes para o grande público, diferentemente de alguns museus internacionais que são extraordinários. Mas quando os museus nacionais apresentam bons projetos e exposições, a população responde e participa. Alguns artistas têm buscado um caminho independente, dispensando a figura do marchand. Você acredita que este é peça fundamental para quem busca fazer uma carreira de sucesso? Historicamente em todo o mundo o marchand sempre foi peça fundamental para alavancar a carreira de um artista. É ele que se relaciona e os insere no mercado. Não acredito em sucesso no mercado de arte de um artista que tenha optado por uma carreira independente.Que conselho você daria para um artista talentoso que está no começo da carreira para conquistar um lugar neste competitivo mercado? Estudar, se informar, acompanhando permanentemente o movimento e a produção artística universal e principalmente, trabalhar.

OUTROS TEMPOSFim de estrada O cantor Johnny Hooker encerra a turnê do seu show Coração, em Salvador. A apresentação, que mistura samba, brega e axé, acontece no dia 24 de maio, no Largo Tereza Batista, no Pelourinho. 

Repaginada Firmo Azevedo vai ampliar a Pousada Sobrado da Vila, na Praia do Forte, que ganhará um espaço para eventos. Outra mudança é com relação ao restaurante Vila Gourmet, que passará a se chamar Sobrado e ganhará novo cardápio de cozinha regional assinado pelo Chef Jadson Nunes. Viagem a vista Excepcionalmente na próxima terça-feira, dia 7 de maio, a coluna não será publicada. Retornaremos normalmente no próximo sábado, dia 11 de maio, com muitas novidades para você, caro leitor. Bom final de semana!