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Diretor Homero Salles, que trabalhou com Gugu, viajou para os EUA ao saber de acidente
Da Redação
Publicado em 26 de novembro de 2019 às 19:24
- Atualizado há um ano
O diretor Homero Salles, que trabalhou por muitos anos com o apresentador Gugu Liberato, escreveu uma carta de despedida ao comunicador. Homero dirigiu Gugu no "Viva a Noite", lançado na década de 1980.
Ao Uol, ele explica que a ideia do programa foi da argentina Nelly Raymond e foi ele quem mostrou a ela uma fita de Gugu, que colocou para participar da transmissão do Miss Brasil do ano anterior. "E ela gostou. Ele estava muito bonito e se saiu muito bem".
Eles já se conheciam de 1979, quando eram produtores juntos, na época em que Gugu deixou a faculdade de odontologia para se dedicar à TV. Homero e Gugu se tornaram amigo desde então.
Morando em Portugal há anos com a família, Homero foi um dos primeiros a viajar para os EUA quando soube do acidente. Está lá desde quinta-feira passada, ajudando a família de Gugu.
Ele não quis vir ao Brasil para o velório e sepultamento de Gugu. Diz que se despediu do amigo por 30 minutos em que ficaram a sós, quando o visitou na UTI.
Na coluna de Flavio Ricco, do Uol, ele divulgou um texto falando da sua decisão e se despedindo de Gugu. Leia:
Estive desde o primeiro dia aqui em Orlando, dando suporte a família do Gugu, tentando entender os desígnios de Deus e totalmente inconformado com essa fatalidade.
Quem conheceu nossa amizade sabe o que estou passando. Não preciso dizer nada...
Consegui estar ao seu lado ainda com um sopro de vida e tive o privilégio de poder despedir-me, sozinhos no quarto do Hospital, onde pude dizer o quanto o amava e a falta que ele vai fazer em minha vida...quisera eu, que fosse mais uma conversa e não um triste monologo.
Esses momentos a sós, foram a minha dolorosa despedida...
Era mais que um amigo partindo...era a pessoa com quem mais conversei em minha vida, meu parceiro de milhares de horas de trabalho e outras milhares de horas de convívio, viagens maravilhosas com nossas famílias, momentos inesquecíveis e conversas intermináveis.
Não tenho mais lágrimas para derramar e não tenho a força de sua mãezinha, Maria do Céu, que aos 90 anos, consegue com seu exemplo firme e forte, manter a família de pé, para ir ao seu funeral...eu ficarei agora de longe, na retaguarda, como sempre estive e orando muito para que ele tenha a paz que merece e que o Senhor Jesus o acolha em seus braços.
Adeus Gugu e como você sempre dizia... - vamos falando ...