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Paulo Leandro
Publicado em 23 de março de 2022 às 05:00
- Atualizado há um ano
O futuro nada diz do passado, ou ao invés, é pela via do conhecimento de dados confiáveis, a construção do caminho (método) para fazer o próprio destino, ao escolher como queremos conviver bem?
Eis talvez uma pergunta sem resposta definitiva, mas com algumas probabilidades de formação de crença, a verificar na aquisição e leitura da nova preciosidade da estante rubro-negra, “Memórias do Esporte Clube Vitória”.
São 30 entrevistas e 10 artigos abordando aspectos da trajetória do Decano, desde antes do nascimento, com a participação de George Valente, bisneto de um dos 19 fundadores, a principal liderança dos jovens do Corredor da Vitória, Arthêmio Valente.
A tabelinha editorial surgiu do bom entrosamento entre os jornalistas e pesquisadores do Vitória Tiago Bittencourt e Milton Filho, formando o ataque iluminista do Leão com Allan Correia e Lucas Gramacho.
Vale a pena acessar agora mesmo o catarse.me/memoriasdovitória para participar da vaquinha, pois ontem à tarde já passava de 60% a arrecadação pedida pela editora Máquina do Livro para impressão da mais bela joia literária rubro-negra.
Em uma agremiação gigantesca e longeva como é o caso do Vitória, a convocação dos 40 gera a sensação de acerto em vários nomes e de lacuna em milhões de outros, embora representados por este plantel inicial, formado nesta primeira edição.
Não resta dúvida da representatividade de Edilson Cardoso, mais de 90 anos de vida; Rosicleide, torcedora-símbolo, além dos atores Wagner Moura e Lázaro Ramos, junto ao novo baiano, Paulinho Boca de Cantor, e o araketu Tatau.
Dos ídolos de chuteira, estão eternizados no livro Reginaldo, André, Mattos, Pichetti, Bigu, Sena, Rodrigo, Petkovic, Hugo, Arturzinho, Neto Baiano, David Luiz, Bebeto e Ramón Menezes.
Gelson, talvez o personagem mais distante de uma unanimidade, terá a chance de falar da noite de 28 de setembro de 1979, afinal, a memória é gêmea da verdade, conceito originado do grego ‘a-létheia’, ou “não-esquecimento”.
Mais criteriosa, seguindo a veracidade, o interesse e a importância, teria sido a escolha de Paulo Catharino Gordilho, credenciado por herdar a força de Luiz Catharino, ao reinventar o clube de regatas e esportes olímpicos como campeão do futebol.
Nesta mesma perspectiva, está Lue Barradas, hashtag #manoelbarradaspresente, em homenagem ao presidente cuja memória foi eternizada no nome do estádio particular do Vitória, seguindo-se José Rocha, a quem coube inaugurar a grande praça esportiva.
Joca Góes, por sua participação, junto a Benedito Dourado da Luz, não podia ficar fora, tampouco Paulo Carneiro, por ter transformado o perfil do Vitória, em sua primeira passagem como presidente, e o filho de Albino Castro, dirigente e compositor do hino.
Outro titular absoluto impossível de ausentar-se é Alexi Portela Júnior, rubro-negro inato e hereditário, aprendendo com seu pai a educar-se como cidadão, hábito secular nos lares baianos inspirados no exemplo do Campeão da Técnica e da Disciplina.
Não se pode deixar de registrar desfalques, como Francisco Ney Ferreira e Raimundo Rocha Pires, mas quem sabe, o “Memórias” vira enciclopédia, e seus descendentes falariam num próximo segundo volume, pois não faltam histórias em 123 anos.
Paulo Leandro é jornalista e professor Doutor em Cultura e Sociedade