Menina espalhou sangue pelo corpo para se fingir de morta durante massacre em escola

Aos 11 anos, Miah só conseguiu sobreviver por fingir estar morta

Publicado em 27 de maio de 2022 às 17:51

- Atualizado há 10 meses

. Crédito: Reprodução

Uma aluna da escola onde houve o massacre que deixou 19 crianças e dois adultos mortos na terça-feira (24), no Texas, contou à rede CNN Internacional que só conseguiu sobreviver por fingir estar morta.

A menina, de 11 anos, espalhou sangue pelo corpo e ficou deitada no chão. Miah Cerrillo ficou ferida com fragmentos de balas e foi internada, mas já está em casa, após ter alta. Sua avó afirmou que a menina ainda não consegue expressar o que viu.

Um aluno de 10 anos, Jayden Perez, diz que não quer voltar a estudar, depois de ter presenciado o atirador matar quase todos os seus colegas de sala.“Não, por causa do que aconteceu. Eu não quero ter nada a ver com outro tiroteio em uma escola. E eu sei que isso pode acontecer de novo, provavelmente".Perez contou que ele e seus colegas faziam treinamentos frequentes para eventuais ataques à escola. Quando aconteceu, ele diz não ter acreditado. Sua família demorou uma hora e meia para descobrir que ele estava vivo."Foi assustador porque eu nunca pensei que um ataque iria realmente acontecer", afirmou o estudante. Perez contou ter se escondido em uma área da sala onde ficam as mochilas, enquanto a maioria dos alunos ficou debaixo das mesas.Entenda o caso

As 19 crianças e dois professores mortos em uma escola no Texas, nos EUA, estavam em uma mesma sala de aula da quarta série quando o atirador entrou disparando. O tiroteio, na terça-feira (24), se tornou o mais letal dos EUA em quase uma década, novamente trazendo à tona o debate sobre a legislação de armas no país.

O atirador, identificado como Salvador Ramos, de 18 anos, foi morto no local pelas forças policiais, que cercaram a Robb Elementary School, em Uvalde, rapidamente. Janelas foram quebradas para retirada mais rápida de crianças, funcionários e professores.

O ataque de Ramos começou ainda em casa. Antes de sair, ele atirou na avó. Depois, dirigiu até a escola, onde bateu o carro, e entrou no local com equipamento tático e um rifle. A motivação do ataque ainda é desconhecida. 

O tiroteio acontece dez dias após um supremacista branco atirar em 13 pessoas em um bairro de população em sua maioria negra na cidade de Buffalo. 

O presidente Joe Biden afirmou que o país deve ter um controle de armas mais rígido. "Como nação, temos que perguntar quando, em nome de Deus, vamos enfrentar o lobby das armas", disse.