Messi em Salvador: a única chance

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Publicado em 30 de maio de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Valendo apenas uma resposta: quem você pagaria para ver jogar? Minha resposta é Messi. Por sinal, a essa altura o craque está se preparando para estrear em Salvador após uma temporada que, apesar da eliminação traumática do Barcelona na Liga dos Campeões da Europa para o Liverpool, foi de altíssimo nível no plano individual.

Messi marcou 51 gols em 50 jogos. Foi artilheiro do Campeonato Espanhol, com 36 gols, e será também da Liga dos Campeões, com 12, já que os finalistas mais próximos, Harry Kane e Lucas Moura, do Tottenham, têm cinco. E o argentino estará na Fonte Nova no dia 15 de junho, quando sua seleção enfrentará a Colômbia na primeira rodada da Copa América. Sem exagero, será um momento histórico.

Messi é o craque contemporâneo que falta à arena dos gols em seus curtos seis anos de existência. Cristiano Ronaldo jogou na capital baiana na Copa do Mundo de 2014. Xavi e Iniesta também. Da geração atual, ninguém atingiu tão alto nível quanto esse quarteto. Em comum, os três anteriores saíram humilhados: Portugal tomou 4x0 da Alemanha de Neuer e Toni Kroos, e a Espanha foi varrida pela Holanda de Robben e Van Persie por 5x1, no jogo mais memorável daquela Copa.

Messi fará 32 anos durante a Copa América. Pela projeção da carreira e pelo calendário das competições, certamente essa será a primeira e única vez que o craque será visto em Salvador.

Neymar, o craque brasileiro da atualidade, disputou três partidas na Fonte Nova com a camisa amarelinha. A primeira em 2013, com 4x2 na Itália, pela Copa das Confederações, em que fez um gol; a segunda em 2015, nos 3x0 sobre o Peru, pelas Eliminatórias; e a última com a seleção olímpica, 4x0 na Dinamarca nos Jogos do Rio-2016.

Hazard e De Bruyne, destaques da Bélgica que eliminou o Brasil no Mundial da Rússia, no ano passado, também já jogaram em terras baianas. Foi na vitória por 2x1 sobre os Estados Unidos, na prorrogação, nas oitavas de final de 2014. Griezmann e Pogba começaram como reservas, mas entraram durante a goleada da França por 5x2 contra a Suíça. Benzema deixou o dele.

Suárez e Cavani também jogaram na Fonte Nova. Foi na Copa das Confederações de 2013, em que o Uruguai perdeu da Itália de Buffon (outro gigante) nos pênaltis, na decisão de terceiro lugar. Menos mal: quem não viu talvez tenha outra chance na Copa América. O líder do grupo C, encabeçado pelos uruguaios, jogará em Salvador nas quartas de final, dia 29 de junho. 

O ritmo morno da venda de ingressos mostra que a população tem prioridades. Dos cinco jogos em Salvador, só dois esgotaram a carga colocada até então, justamente o confronto entre argentinos e colombianos e a partida do Brasil contra a Venezuela. Os dois seguintes coincidem com o feriadão emendado de Corpus Christi e São João. E o último está “no escuro”, pois depende da classificação dos times na fase de grupos.

Nas outras cidades-sedes (São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Porto Alegre), mesmo sem a expectativa em torno do São João que há no Nordeste, o público também não está tão empolgado com a Copa América. Em nenhuma delas os ingressos esgotaram para mais de um jogo. Em tempo de crise, não dá para gastar dinheiro à toa. Melhor guardar para ver Messi.

Herbem Gramacho é editor de Esporte e escreve às quintas-feiras