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Da Redação
Publicado em 15 de outubro de 2019 às 05:00
- Atualizado há um ano
Estive com a irmão Dulce por quatro vezes, sendo que a primeira foi a que me levou a, de alguma forma, buscá-la nas outras três. Eu tinha 10 anos, criança de família carente, fui operando no Hospital Santo Antônio. Estava na enfermaria – a imagem está vívida em minha mente – não sei porque estava sozinho, sem a companhia de familiar algum. Sentia frio, quando uma freira veio e me cobriu com um lençol muito branco e limpo. Eu sorri e agradeci. Ela, por alguns momentos, alisou a minha cabeça.
Ao sair do hospital, contei a minha mãe que uma santa tinha me aparecido e me dado um lençol. Eu, àquela altura, já tinha os fenômenos mediúnicos em minha vida e atribuí o momento a uma visão espiritual. Minha mãe sorriu. Dias depois, a vi em algum lugar da imprensa e registrei para minha mãe: "Olhe lá a santa". Esta experiência não me fez esquecer da Santa Dulce dos Pobres.
Adolescente, no Colégio da Polícia Militar, presidente do Centro Cívico, propus à direção do Colégio, o que de pronto foi aceita, uma marcha de toda a escola, levando um quilo de alimento não perecível até o Hospital Santo Antônio. O Colégio da Polícia Militar é nos Dendezeiros, mesma avenida das obras sociais da Santa. E assim fizemos.
A Santa Dulce dos Pobres ficou em pé, a pino sol de 11 horas da manhã, recebendo de cada aluno o alimento. Fizemos isto mais uma vez. A última vez que estive com ela encarnada, eu já havia fundado a hoje Cidade da Luz. Encontrei-a no hospital, conversamos um pouco, dizendo-me espírita e ela caminhando, até com certa pressa, olhou para mim, sorriu e disse que um dos médicos dela também era, e que "já havia até tomado passe".
Falamo-nos rapidamente, lembrei das vezes que estive com ela. Beijei sua mão, ao que me fez um afago na cabeça, e foi dar atenção a algumas mulheres que a acompanhavam. Já sabíamos há muito que ela era santa, ou como nós espíritas falamos: um espírito superior. José Medrado é médium espírita e fundador da Cidade da Luz
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