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Jairo Costa Jr.
Publicado em 31 de março de 2021 às 07:45
- Atualizado há 2 anos
Relator dos processos da Operações Faroeste no Superior Tribunal de Justiça (STF), o ministro Og Fernandes negou pedido da OAB da Bahia para ter acesso aos autos sigilosos das investigações sobre a venda de sentenças por integrantes da cúpula do Judiciário estadual. Para Fernandes, a ordem não foi minimamente capaz de demonstrar “o interesse jurídico concreto” em atuar como assistente nas ações penais relativas à Faroeste. A possibilidade de intervenção da OAB nos processos criminais, destacou Fernandes, “depende da constatação de uma potencial violação direta a uma prerrogativa da instituição”. >
Fora da ordem Em sua decisão, Og Fernandes disse ainda que, em nenhum momento, o MPF ou a polícia desrespeitaram prerrogativas da advocacia nas investigações. “A simples existência de querela judicial que envolva advogados como partes não legitima a intervenção da OAB a fim de assisti-los, já que a defesa dos acusados deve ser realizada por advogados devidamente habilitados nos autos”, emendou, ao negar o pedido.>
Passo para trás Em outro flanco da operação, o advogado que vinha negociando o acordo de delação premiada da desembargadora presa Ilona Márcia Reis renunciou à defesa da magistrada nas ações da Faroeste. Na Procuradoria-Geral da República (PGR), o gesto foi recebido como indício de provável recuo nas tratativas de Ilona para colaborar com as investigações, cujo acerto já estava a caminho de ser oficializado junto ao STJ. A PGR também não sabe se a baixa na defesa da desembargadora tem relação com a permanência dela em prisão preventiva por mais 90 dias, decidida no último dia 22 pelo relator da operação na corte superior.>
Turma do offline Mesmo com as facilidades de presença nas sessões virtuais da Assembleia, onde o acesso pode ser feito de qualquer lugar até por um simples smartphone, presidentes de comissões permanentes da Casa têm enfrentado sucessivas dificuldades para conseguir quorum nos encontros realizados desde a reabertura dos trabalhos legislativos, no início de fevereiro. Semana passada, a audiência do colegiado de Educação para discutir o plano de retomada das aulas presenciais na Bahia caiu pela ausência do número mínimo de membros exigido no regimento.>
Bola fora O Ministério Público do Estado acha que a polícia comeu mosca ao deixar escapar ontem o alvo máximo da Operação Cilada: o empresário Eugenildo Almeida Nunes, tido como um dos homens mais ricos de Ubatã e suspeito de explorar adolescentes para fins sexuais na cidade do Sul da Bahia. A Satélite apurou que o empresário tinha viagem marcada para exames e não estava em casa quando a polícia chegou. Agora, o paradeiro dele é desconhecido. Até a noite, Eugenildo havia dito aos responsáveis por sua defesa que não cogita se entregar.>
Brasa no paiol Em todos os parlamentares da bancada baiana no Congresso consultados pela coluna, aliados ou não ao Planalto, uma percepção é unânime: a crise política que respinga sobre os militares não vai acabar bem."Recentes mudanças no Ministério da Defesa e no comando das três Forças inquietam o país. É preciso o máximo de responsabilidade de todas as autoridades públicas. A democracia é um valor inegociável" - ACM Neto, ex-prefeito e presidente nacional do DEM>