Miolo Single Vineyard e a expressão de terroirs brasileiros

Linha Fina Lorem ipsum dolor sit amet consectetur adipisicing elit. Dolorum ipsa voluptatum enim voluptatem dignissimos.

  • Foto do(a) author(a) Paula Theotonio
  • Paula Theotonio

Publicado em 2 de setembro de 2021 às 05:09

- Atualizado há 10 meses

. Crédito: .

Ao comprar um vinho, é muito comum encontrarmos a frase “expressão do terroir” nos contrarrótulos. Isso quer dizer, em linhas gerais, que aquela bebida tem características típicas do local onde foi produzida e reflete, ainda, as escolhas do enólogo ou do vinhateiro na adega.

Infelizmente esse conceito tem sido demasiadamente explorado pelo marketing e, para muitos, acabou perdendo o impacto. Mas quando nos deparamos com projetos ambiciosos e que entregam excelente custo-qualidade, como a linha Single Vineyard, do Grupo Miolo, recuperamos a fé no conceito.

Criada em 2018, a linha se propõe a levar ao mercado vinhos varietais (com uma só uva) elaborados a partir de microlotes dos vinhedos da empresa e aplicando técnicas avançadas de viticultura de precisão. Isso inclui intensos estudos tecnológicos sobre exposição solar e características do solo, por exemplo, que iniciaram há cerca de 2 décadas.

Uma proposta nada nova no mundo da enologia, que remete aos crus da Borgonha e é amplamente utilizada pelo universo do café, mas que enfim possibilita o lançamento de produtos mais acessíveis e com boa qualidade.

Os cuidados para produção de um vinho singular seguem na adega: os brancos não passam por estágio em barricas e os tintos são vinificados com madeira de segundo ou terceiro uso, o que garante menor interferência nos sabores e maior tipicidade. O Syrah, inclusive, é fermentado com leveduras indígenas.

“Fizemos uma maratona de testes com as variedades que possuímos para observar o que de melhor cada terroir pode nos entregar. É preciso ter paciência e dar tempo ao tempo. Somente assim é possível compreender o que a natureza quer nos dar e, a partir daí, aplicar conhecimento com uma viticultura de precisão, capaz de fazer sobressair a expressão e a tipicidade de cada lugar”, reforça Adriano Miolo, diretor superintendente da vinícola.

Até bem pouco tempo, a linha possuía quatro rótulos: o Riesling Johannisberg, de Santana do Livramento (RS), na Campanha Central; o Touriga Nacional e o Pinot Noir, ambos de Candiota (RS), na Campanha Meridional; e o Syrah, de um microlote da Terranova, em Casa Nova (BA), no Vale do São Francisco.

Agora o time foi reforçado com o perfumado e vibrante Alvarinho, também da Campanha Meridional, e o potente e aveludado Cabernet Franc, da Campanha Central e já com selo da nova IP Campanha Gaúcha. Segundo o enólogo da Miolo, o português Miguel Almeida, há potencial qualitativo para lançamentos de novos varietais um futuro próximo: um rosé de Grenache na Terranova, um branco de Sémillon na Almadén e um tinto de Petit Verdot na Seival. Novas regiões produtoras seguem fora do radar da empresa.

Com distribuição em quase todo o Brasil, já é fácil encontrar cada um deles nas adegas e mercados. Mas se puder, adquira o kit Terroir Explorer com os seis rótulos, que vem em uma caixa com detalhes de cada vinhedo e da expressão das uvas em cada um desses locais. Dá para viajar pelo Brasil a cada taça. Custa R$ 526,72 no site e o frete é grátis.