Moradores relatam terror durante ataque à Caixa de Castelo Branco: 'Muitos tiros'

A ação aconteceu na madrugada desta segunda-feira (8)

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  • Bruno Wendel

Publicado em 8 de dezembro de 2020 às 19:30

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Por volta das 3h, os cães da Rua Genaro de Carvalho, em Castelo Branco, estavam agitados com a chegada de dois carros. Os animais ficaram ainda mais inquietos, e latiam sem parar, com a correria e gritaria de um grupo de homens no entorno da agência da Caixa.

Dezoito minutos depois, uma explosão, “parecendo um carro batendo num poste com muita violência”. Eram ladrões que tinham acabado de estourar um dos caixas eletrônicos do banco na madrugada desta quarta-feira (8). 

Em relação ao episódio em Castelo Branco, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que “não houve subtração de numerário na ocorrência desta madrugada e que as investigações, em conjunto com a Polícia Federal, estão avançadas”.

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“A SSP destaca as prisões de três criminosos, no dia 3 de dezembro, com a localização de uma submetralhadora e as apreensões de seis fuzis, no dia 5 de novembro. Os materiais pertencem ao mesmo grupo responsável pela tentativa de roubo nessa madrugada”, revelou a nota da SSP.  

Ainda segundo a SSP, de janeiro a outubro deste ano, a Bahia registrou 26 ocorrências tentadas e consumadas contra as instituições financeiras. Já no mesmo período do ano passado, foram 45 casos, uma redução de 42,2%. 

Testemunhas contaram que os criminosos chegaram em dois carros – um branco e um preto. Esta foi a segunda vez que bandidos atacam a mesma agência neste ano e, assim como a primeira, saíram sem o dinheiro, mas deixaram um rastro de destruição e medo. 

“Logo após a explosão, a gente escutou muitos tiros, muitos mesmo. Meu marido, que trabalha como segurança, disse que os disparos foram de metralhadoras, que tinha explodido a agência”, contou ao CORREIO uma moradora da Rua da Paz de Castelo Branco, que fica defronte à agência. Ela estava com a filha e observavam o trabalho dos policiais federais examinado cada detalhe do estrago. 

Uma outra mulher que também mora na mesma rua e que igualmente não tirava o olho da movimentação na agência, relatou momentos de terror. “Eu moro mais pra cima da rua e, por isso, a minha casa é uma das mais próximas da agência. Na hora da explosão parecia que era dentro de casa. Acordei desesperada e só depois que a ficha caiu que era no banco”, relatou. 

Estrago Dos quatro caixas eletrônicos, apenas um foi destruído. “Mas o estrago foi muito grande. Ainda não temos como avaliar o tamanho do prejuízo”, disse um funcionário da agência apontando para os estilhaços de vidros no chão. O banco teve toda a área de atendimento danificada por causa da explosão, que também derrubou parte do teto e deixou fiações expostas. 

Um funcionário do banco, supostamente um gerente, orientava as pessoas a procurarem outra agência, em casos mais extremos, ou irem à uma lotérica, pois não há prazo para a retomada das atividades no local.