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Da Redação
Publicado em 3 de outubro de 2021 às 12:50
- Atualizado há 2 anos
O ator Caike Luna, que atuou em humorísticos como "Zorra Total", da TV Globo, e no Multishow, como "Baby Rose", "Treme e Treme" e "Xilindró", morreu na manhã deste domingo (3). Ele lutava contra um câncer desde abril. A informação foi confirmada pela atriz Katiuscia Canoro.>
"É com a maior tristeza do mundo que venho comunicar a partida do meu irmão", disse a irmã do artista nas redes sociais.>
Luna revelou que fazia tratamento contra o Linfoma Não-Hodgkin, um tipo de câncer no sistema linfático, em abril. Na época ele contou que havia perdido o pai para covid-19.>
"Não podemos deixar que a realidade nos sequestre a capacidade de voar apenas fechando os olhos. Ela sempre vai tentar. Quando esse vírus da vida real bateu lá em casa e levou meu pai, fiquei triste, perdi peso, perdi um pouco meu dom de iludir. Achei que era tristeza, mas era acúmulo desse medo da vida como ela é.", escreveu.>
Linfoma Não-Hodgkin O linfoma é o sexto tipo de câncer mais comum em todo o mundo. Nos últimos anos, além de Edson Celulari, o também ator Reynaldo Gianecchini, a presidente Dilma Rousseff e a autora de telenovelas Glória Perez tiveram o diagnóstico da doença, mas alcançaram a cura. >
Um dos aspectos mais preocupantes desse câncer, que atinge o sistema de defesas do organismo reside no fato dele comprometer a circulação dos glóbulos brancos, responsáveis pelo combate de doenças causadas por vírus e bactérias, se tornando uma doença que afeta todo o corpo. Vale lembrar que o sistema linfático é formado por gânglios ou linfonodos, que produzem as células de defesa do organismo (linfócitos). No linfoma, esses linfonodos se reproduzem de modo desordenado.>
Para Carlos Chiattone, médico hematologista e diretor da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), o linfoma não está certamente entre os cânceres mais frequentes como câncer de próstata de homens, câncer de mama de mulheres, mas teve um aumento significativo nas últimas décadas, o dobro de incidência. >
“No sistema público de saúde há um retardo muito grande entre o início dos sintomas e o começo do tratamento, ou seja, os pacientes nos estabelecimentos públicos ao se fazer o diagnóstico, a doença já está muito mais avançada do que no perfil do paciente dos estabelecimentos privados, e isto determina um pior prognóstico para esse paciente”, explica o médico. >