Morro de São Paulo sofre com queda de visitantes durante pandemia

Destino turístico sentiu baque na redução de 70% dos turistas

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  • Gil Santos

Publicado em 9 de abril de 2020 às 09:10

- Atualizado há um ano

. Crédito: Jota Freitas/Sedur

A chegada da pandemia do novo coronavírus na Bahia, afetou diversos municípios. O CORREIO conversou com a Secretária de Turismo de Cairu, Diana Farias, sobre os efeitos da crise provocada pela covid-19 no município e na região de Morro de São Paulo. Ela destacou os impactos no setor e as ações para reverter a situação.

Dentre os principais prejuízos, ela citou a queda brusca no número de visitantes. A visitação, segundo ela, foi em média 70% menor do que o esperado para o mês de março, quando se registra em média de 80% da ocupação total do destino.

Confira a entrevista completa:

1. Qual a avaliação que a senhora faz do mês de março para o turismo na região? Desde a segunda semana do mês, passamos a sentir a queda no setor turístico no Brasil e isso se refletiu no município-arquipélago. O número de turistas durante o mês foi em média 70% menor do que o esperado para o mês de março, período que registra em média de 80% da ocupação total do destino.

2. Qual a movimentação de turistas na região? Cairu é o terceiro maior destino da Bahia. Apenas Morro de São Paulo recebe cerca de 200 mil turistas anualmente, de todas as partes do mundo. A campanha do poder público municipal tem sido para que os turistas não cancelem, mas remarquem as visitas para desfrutar as belezas e encantos das nossas ilhas, após superarmos esta pandemia.

3. Quantos hotéis e pousadas tem em Morro de São Paulo? O município-arquipélago de Cairu possui uma infraestrutura hoteleira com quase 300 hotéis e pousadas, mais de 3 mil apartamentos e cerca de 9 mil leitos.

5. O setor emprega quantas pessoas? Principalmente nas localidades Morro de São Paulo, Boipeba e Garapuá, pelo menos 80% da população vive da atividade turística. A prefeitura tem destinado parte dos recursos arrecadados pela Tarifa por Uso do Patrimônio do Arquipélago (TUPA) para a retomada do Cheque Solidário, programa de assistência social, que além de movimentar o comércio local, atenderá as necessidades básicas e evitará uma crise alimentar na população mais vulnerável.

6. O que os empresários estão fazendo para lidar com a crise (férias coletivas, redução de salários e jornadas de trabalho, demissões...)? Todas estas estratégias têm sido adotadas pelos empresários. Para minimizar os impactos da crise, a Prefeitura de Cairu também realizou modificações na cobrança do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), entre outras medidas.