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Da Redação
Publicado em 9 de junho de 2021 às 15:26
- Atualizado há 2 anos
Vacinação salva, e os números estão aí para provar: pela primeira vez desde o início da pandemia, e já como reflexo do avanço da imunização dos idosos, o Brasil registrou mais mortes entre crianças, jovens e adultos de covid-19 do que de pessoas a partir de 60 anos. Os dados são dos cartórios de registro civil do país, responsáveis pelas certidões de óbito.>
Segundo o portal UOL, na semana epidemiológica de número 22, entre os dias 30 de maio e 5 de junho, 53,6% dos óbitos de covid-19 no país foram de vítimas até 59 anos de idade. Na semana anterior, essa média havia ficado em 49% (e era a maior até então).>
Até essa terça, estavam registradas no portal da transparência da Associação Nacional de Registradores de Pessoas Naturais (Arpen Brasil) 7.499 mortes na semana 22 em decorrência do novo coronavírus. O número absoluto ainda pode crescer devido a inserções de dados com atraso, mas o percentual por faixa etária não deve ser alterado.>
Para efeito de comparação, na última semana antes do início da vacinação no país, entre 10 e 16 de janeiro, 77,5% das mortes registradas foram de vítimas com 60 anos ou mais e apenas 22,5% entre jovens e adultos. Em 2020, a participação de mortes na faixa etária dos 60 anos ou mais foi de 76%.>
Ainda de acordo com o UOL, a maior redução ocorreu na participação de mortes de idosos com 80 anos ou mais no país, que respondeu por 30% dos óbitos em 2020, mas na semana passada representaram 13,7% do total.>
Segundo o Plano Nacional de Imunização (PNI), quem tem 60 anos ou mais foi classificado como grupo prioritário, mas, como houve um chamado descendente por idade, ainda há pessoas na janela imunológica.>
Todos os estados já chamaram pessoas com 60 anos ou mais para imunização de pelo menos uma dose. Inicialmente, a queda ocorria entre as maiores faixas etárias, em especial a partir de 85 anos, que "abriram" a vacinação com a CoronaVac – e que tem intervalo de 21 dias entre as doses. Já quem toma a vacina AstraZeneca tem um intervalo maior entre as duas doses: 90 dias.>
“O que nós estamos observando é uma redução de hospitalização e mortalidade nos grupos que têm completado as doses. Isso é mais uma resposta para sociedade de que se vacinar é importante. É mais uma ferramenta para nos apoiar a sair desta pandemia”, disse Melissa Palmieri, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, ao UOL.>