Mourão: Amazônia precisa de novo modelo de desenvolvimento baseado em inovação

Vice-presidente disse ainda que o Brasil está comprometido com a sustentabilidade

Publicado em 31 de agosto de 2020 às 10:16

- Atualizado há um ano

. Crédito: Romério Cunha/VPR

O vice-presidente e coordenador do Conselho Nacional da Amazônia Legal, Hamilton Mourão, defendeu um novo modelo de desenvolvimento para a região amazônica que seja baseado em pesquisa e inovação. Mourão tem sido cobrado por uma posição mais firme do governo federal no combate às queimadas e ao desmatamento.

Na última semana, o Ministério do Meio Ambiente anunciou que iria suspender ações de combate a desmatamento e queimadas a partir desta segunda-feira (31). Em evento promovido pela TV BandNews, Mourão disse que o Brasil está comprometido com a sustentabilidade e a superação do modelo extrativista predatório na Amazônia. "Somos um País sustentável, temos todas as características disso, não somos predadores", afirmou.

Segundo Mourão a região enfrenta uma série de problemas, entre eles: os ilícitos ambientais, o baixo desenvolvimento socioeconômico, a regularização fundiária, a infraestrutura deficiente, entre outros. "Falta água no mundo, 20% da água doce do mundo está na Amazônia", disse. "Nós vamos vender água. Temos de nos preparar para isso. Os empresários têm de começar a olhar isso".

Investimentos Hamilton Mourão afirmou, ainda, que a queda do juros levou à fuga do capital que estava "única e exclusivamente aqui no Brasil rendendo dinheiro". Segundo o vice-presidente, o Brasil tem uma grande oportunidade de atrair investidores estrangeiros para ações de risco e investimentos "por meio de um ambiente de negócios estável e de segurança jurídica".

Mourão defendeu também, durante o evento, reformas estruturais como a Reforma Tributária e Administrativa e o teto de gastos e gatilhos fiscais como forma de elevar a confiança no País. "Sem confiança não há avanço na economia", afirmou o vice.

Relações internacionais Mourão disse ser necessário também resgatar a vocação econômico-comercial do Mercosul. "Nesse contexto de acirramento das tensões de disputa entre grandes potências qual a visão do Brasil? O pragmatismo e a flexibilidade", afirmou.