MP-BA pede nova perícia no corpo de miliciano Adriano da Nóbrega

Solicitação à Justiça sugere a conservação de corpo em DPT do Rio

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  • Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2020 às 13:24

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Marina Silva/Arquivo CORREIO

O Ministério Público Estadual (MP-BA) solicitou à Justiça de Esplanada, no Nordeste baiano, nesta terça-feira (18), determinação judicial ao Departamento de Perícia Técnica do Instituto Médico-Legal do Rio de Janeiro (DPT-RJ) para que o órgão mantenha “intacto” o corpo de Adriano Magalhães da Nóbrega até a efetivação de novo exame pericial complementar.

Adriano foi morto há nove dias e, após seu corpo ser trasladado para o Rio, permanece sem liberação para sepultamento. Um laudo do Departamento de Polícia Técnica (DPT) da Polícia Civil baiana apontou que Adriano foi morto com dois tiros, sendo um no tórax e outro que atravessou o corpo e atingiu o pescoço.

Segundo os promotores de Justiça Dario Kist e Gilber de Oliveira, a medida deve ser adotada em razão da revogação do impedimento do enterro do ex-policial do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) do Rio como “consequência da extinção, resultante de sua morte, de ações penais ajuizadas contra ele”.

Na solicitação, os promotores pedem que seja determinada a "realização de um novo exame de natureza necroscópica no cadáver", e que "os peritos consignem no respectivo laudo, para além dos elementos de praxe, e na medida do possível” para definir a direção que os projéteis percorreram no interior do corpo do ex-capitão do Bope.

Também sugerem que a nova perícia indique o calibre das armas utilizadas para os disparos, a distância aproximada entre os atiradores e Adriano, além de “outros achados considerados relevantes pelos experts para a completa elucidação dos fatos”.

"A necessidade do exame se situa na sua potencialidade de esclarecer dados até o momento obscuros, dentre os quais a trajetória dos projéteis de arma de fogo percorreram no interior do corpo, entre outros”, reforçam os promotores.

Leia a íntegra do pedido de antecipação de prova.