Mugeo: Instituto de Geociências inaugura novo museu na Ufba

Seis exposições compõem o novo espaço, localizado no prédio do instituto

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  • Gabriel Amorim

Publicado em 6 de dezembro de 2019 às 17:24

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Arisson Marinho/CORREIO
Corais estão na exposição Oceanos Vivos por Foto: Arisson Marinho/CORREIO

Descobrir formas de vida que habitavam a Bahia de 30 mil anos atrás, perceber a riqueza mineral do estado ou, ainda, acompanhar a evolução dos mapas do Brasil desde o descobrimento são algumas das atrações do mais novo museu de Salvador. O Mugeo, Museu de Geologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba), inaugurou suas exposições nesta sexta-feira (06), no Instituto de Geologia (Igeo) da instituição. 

Ao todo, são seis exposições montadas por equipes de professores a partir de seus trabalhos de pesquisa. Entre os assuntos: fósseis, petróleo, oceanos e a trajetória do geógrafo Milton Santos estampam os espaços nos andares do Igeo.“Havia uma inquietação de como a sociedade poderia se apropriar desse conhecimento que produzimos aqui no instituto. E a ideia do museu é justamente fazer essa conexão entre a sociedade e a geociência de forma geral”, explica o coordenador do projeto, professor Luiz Rogério Leal.O projeto do museu começou a ser implementado há dez anos quando, em 2009, o professor Luiz Rogério era o coordenador da unidade. Contar com exposições, no entanto, era um sonho antigo do instituto.“Mesmo aposentada, eu venho sempre aqui acompanhar. E hoje fico muito contente em ver isso realizado. O museu era previsto desde o projeto inicial do instituto, mas sempre acabava sendo adiado por outras prioridades. Agora vai ser uma ferramenta pra ajudar as geociências a ficarem mais conhecidas”, opina a professora Yeda de Andrade Ferreira, primeira diretora do Igeo.A partir desta sexta-feira, quem caminhar pelos andares do prédio poderá visitar áreas separadas por temas com painéis, fósseis, cristais e maquinários discriminados pelas áreas de conhecimento das quatro formações sediadas no instituto. Na unidade, estão os cursos de Geografia, Geofísica, Geologia e Oceanografia. As exposições destacam descobertas de pesquisa das áreas de estudo. O Mugeo estará aberto ao público de segunda a sexta-feira, das 08h às 12h e a visitação é gratuita.

Quem for visitar poderá observar, por exemplo, fósseis de dinossauros, cristais e minerais encontrados na Bahia ou maquinários antigos usados na primeira forma de perfurar poços de água. O CORREIO montou uma galeria com dez destaques encontrados nas exposições. 

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Reunião No evento de inauguração do novo museu, aconteceu uma reunião de profissionais formados pela casa. Ex-alunos das primeiras turmas se misturavam com universitários ainda em formação. “Me sinto bastante gratificado pela escola. Estar aqui representando os ex-alunos é realmente muito gratificante. É fundamental que um trabalho como esse museu seja amplamente divulgado. Esse é um museu que vai permitir que as pessoas que não têm ideia, por exemplo, de como se descobre petróleo, possam ter acesso a esse conhecimento. É um projeto que aproxima as geociências da comunidade, do povo”, comenta o geólogo e empresário  João Carlos de Castro Cavalcanti, escolhido para representar os alunos egressos da instituição na mesa da abertura do museu.   Na outra ponta do caminho, alunos que ainda constroem suas carreiras também quiseram fazer parte do momento e acompanhar a inauguração. É o caso do estudante de geografia Matheus Carvalho, 22, que está no 7º semestre do curso. Mesmo de férias e sem aulas nesta sexta, ele fez questão de acompanhar o evento.“Fiz questão de vir para a inauguração porque é um marco para o instituto e eu queria participar. Aqui, a gente tem quatro cursos que trabalham bastante, mas não tinham como mostrar esse trabalho. Essa é uma forma muito interessante de mostrar o que é pesquisado aqui dentro. Um espaço compartilhado, onde os cursos vão conhecer mais um sobre o outro e ainda movimentar o instituto. Talvez, até trazer mais profissionais para área depois desse contato com o museu”, conta o jovem.*Com orientação do chefe de reportagem Jorge Gauthier