Mulher morre após ser baleada em prédio na Pituba; ex é suspeito do crime

Depois, policiais encontraram o suspeito morto em apartamento

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  • Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2020 às 09:43

- Atualizado há um ano

. Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

Uma mulher morreu após ser baleada dentro do prédio onde morava, no bairro da Pituba, na manhã desta quinta-feira (10). A estilista Tatiana Fonseca, 38 anos, foi atingida por diversos disparos dentro da garagem do edifício Vila Pituba, na Alameda Carrara.

Segundo testemunhas, o suspeito de cometer o crime é o ex-namorado da vítima, João Miguel Pereira Martins. Ao CORREIO, moradores relataram que Tatiane saiu do prédio por volta das 7h para passear com um cachorro, quando teria encontrado com o ex. Ela tentou se abrigar no prédio, enquanto o suspeito atirava.

Um dos tiros atingiu o portão do edifício. Ela correu para a garagem, onde foi atingida diversas vezes. Amigos relataram que Tatiana terminou o relacionamento após descobrir o histórico agressivo do ex-namorado em relacionamentos anteriores. (Foto: Arisson Marinho/CORREIO) Em nota, a Polícia Militar informou que foi acionada, via Cicom, e enviou uma equipe da 13ª CIPM, que chegou ao local juntamente com uma equipe do Samu, que levou a estilista para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas Tatiane não resistiu. "Policiais militares seguem em diligências para localizar o autor do crime", diz a nota da PM.  

Depois do crime, policiais da 16ª Delegaica (Pituba) encontraram o suspeito do crime sem vida em sua casa, um apartamento no Caminho das Árvores. Ele se suicidou, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), que informou que a investigação continua para provar que ele foi o autor do feminicídio.

Imagens das câmeras do circuito interno do prédio já foram entregues para a polícia.  (Foto: Reprodução) Outro crime Em 2011, João Miguel, que era conhecido como DJ Frajola, teve a prisão decretada após ser acusado de sequestrar e planejar a morte de uma ex-namorada, identificada somente como Laura. "Ela registrou queixa no dia 25 de novembro alegando ser perseguida há dois meses por ter terminado um relacionamento de oito meses. Então descobrimos que havia um mandado de prisão em aberto há um ano por causa da denúncia de outra mulher contra ele", disse na época a delegada Marilda Marcela, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).

Depois da queixa, Laura foi orientada pela polícia a marcar um encontro com João Miguel. Na ocasião, o DJ, que animava festas de formatura e de classe média em Salvador, foi preso pelos agentes da Deam.  (Foto: Reproduçaõ) Após oito dias preso, Frajola foi liberado e planejou uma vingança contra Laura. Segundo a polícia, ele comprou uma peixeira, algemas, sedativos e alugou um carro para seguir com o plano. Em 14 de dezembro, descobriu onde a ex estava morando e a sequestrou quando ela saía de moto para trabalhar.

A mulher foi arrastada pelos cabelos até o carro, algemada, amordaçada e deixada em um matagal em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. O DJ voltou à capital para devolver o carro alugado. 

A vítima conseguiu escapar. No cativeiro, a polícia encontrou a faca, remédios, um sacola com roupas e um notebook do DJ.