Mulheres na liderança industrial

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  • Da Redação

Publicado em 7 de março de 2022 às 05:10

- Atualizado há um ano

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Comecei minha carreira na área industrial, como estagiária da engenharia de produção, onde estou há 16 anos, e é impressionante como a presença feminina cresceu. Um fato que sempre me chamou atenção eram os comentários realizados por auditores externos: "Nossa, como tem mulheres na produção". 

No início, achava sem sentindo, mas a realidade do ambiente industrial ainda é muito masculina e encontrar mulheres na liderança industrial, de fato causa certa estranheza no meio corporativo.

Minha vida sempre foi marcada por presenças femininas fortes que serviram de inspiração para o meu caminhar. Na minha vida profissional, não foi diferente. Logo que entrei na Braskem, conheci operadoras, engenheiras de produção/processo e lideranças femininas que me inspiraram e me fizeram acreditar na carreira dentro da área industrial. Aos poucos, fui conquistando meu espaço até chegar na minha atual posição.

Não tenho dúvida de que precisamos avançar no tema e tenho a certeza de que estamos no caminho correto. O sinal mais importante é a percepção do crescimento do número de mulheres em busca de estágio/oportunidades na indústria petroquímica.

Na Braskem, por exemplo, aumentou o protagonismo feminino nos diferentes setores da empresa. Atualmente, 25,2% dos integrantes no Brasil são mulheres e 31,2% dos cargos de liderança são ocupados por elas. Na Bahia, a presença feminina no industrial é de 20%. 

Esses percentuais demonstram um avanço ao longo dos anos e revelam a vontade da companhia de ampliar a participação das mulheres no seu quadro. Em 2015, a empresa assumiu um compromisso público com ações orientadas pelos Princípios de Empoderamento da Mulher (WEPs), da ONU Mulheres e do Pacto Global, focando na promoção da equidade de gênero, garantia da saúde, segurança e bem-estar e promoção de desenvolvimento profissional das mulheres.

Além das políticas, é importante ter ações práticas. Na Braskem, por exemplo, foram realizadas diversas mudanças nas fábricas e nos escritórios, como a construção de vagas de estacionamento exclusivas para gestantes, ajuste dos uniformes para as mulheres e construção e reforma de banheiros. São medidas simples, mas que ajudam a tornar o ambiente de trabalho mais inclusivo e acolhedor.

Também há preocupação em garantir um ambiente de trabalho livre de machismo e sexismo. Esse movimento é fundamental e garante oportunidades iguais para todos, mas também torna o ambiente de trabalho mais rico. A pluralidade de pensamentos agrega valor no dia a dia, descortina outros olhares e abordagens nos processos. Portanto, cabe às empresas, a nós e a toda sociedade fomentar essa diversidade. Tenho orgulho de fazer parte desta história de transformação do ambiente de trabalho da indústria brasileira.

*Marina Reis é gerente de produção das unidades de Olefinas da Braskem em Camaçari.