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Não adianta ser o melhor antes: clássico se vence em campo


 

Primeiro Ba-Vi do ano tem tricolor como favorito, mas é preciso comprovar esse favoritismo

  • Ivan Dias Marques

Publicado em 03/02/2019 às 05:00:00
Atualizado em 05/05/2023 às 20:01:03
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Já aprendemos, há algum tempo, que diferenças de divisões ou de qualidade de elenco significam pouco quando a bola rola num clássico como o Ba-Vi. A história da partida mostra que nem sempre o melhor vence e que, muitas vezes, a previsão da semana é completamente anulada após o jogo. Por isso, aconselho o torcedor tricolor a colocar o pé um pouquinho no freio para não acabar caindo de um lugar muito alto. A grande maioria dos tricolores vem achando que o Bahia vai passar o trator em cima do Vitória na tarde de hoje. Capacidade de fazer isso, a equipe de Enderson Moreira tem. É mais time, tem maior entrosamento por conta das poucas mudanças em relação à equipe de 2018 e o treinador terá melhores peças à disposição caso queira mudar a partida. Só que num clássico, o detalhe resolve. E esse detalhe não vai, necessariamente, acontecer no final da partida. No estadual de 2008, o Bahia vinha de um triunfo por 4x1 contra o Vitória dentro do Barradão quando encarou novamente o rival, só que no Joia da Princesa. Bem no início da partida, o tricolor estava melhor e o zagueiro Alisson falhou, Marcone - último homem - fez falta por trás e foi expulso. Mudou o jogo e o Leão acabou fazendo 3x0. A elasticidade do placar acabou sendo determinante no final daquele estadual. Em 2013, o Vitória havia goleado o Bahia por duas vezes e os rubro-negros achavam que o Leão repetiria a façanha em todos os clássicos do ano, ainda mais com o tricolor vivendo uma crise política. Mas, no Brasileirão, o time de Cristóvão Borges foi lá e deu 2x0 com propriedade.  Quer exemplo mais recente? No sábado (2), o Corinthians, vindo de derrotas para Guarani e Red Bull, venceu o campeão brasileiro Palmeiras, dentro de seu estádio por 1x0, sendo pressionado quase durante os 90 minutos. Mais uma prova que clássico se ganha dentro de campo. E o Bahia precisa mostrar sua superioridade lá dentro se quiser sair vencedor do Ba-Vi. 

Tênis Vergonhosa a eliminação do Brasil perante a Bélgica na Copa Davis. Atuando em casa e com o rival sem três dos seus principais tenistas, os brasileiros conseguiram levar 3x1, de virada, e ficar de fora da fase final da competição. Fora os erros históricos da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), colocar Marcelo Melo para disputar sua primeira competição após uma longa recuperação de um problema nas costas me pareceu um tanto precipitado, ainda mais que o Brasil possui um outro ótimo duplista, Marcelo Demoliner. Resultado, Melo sentiu o tempo parado e os belgas aproveitaram para vencer um ponto fundamental no confronto.

Homenagem Creio todos nós tenhamos como objetivo de vida trabalhar em um lugar em que os colegas sejam amigos. No Esporte do CORREIO somos assim. E este domingo (3) será último dia de trabalho de alguém que, em seu tempo de trabalho, se tornou um grande amigo, além, claro, de um jornalista muito competente e de qualidade. Bruno Queiroz, meu irmão, sucesso nos seus vôos além da Redação. De cá, ficamos com a saudade, as boas lembranças e a certeza que você conseguirá triunfar em qualquer lugar.

*Ivan Dias Marques é subeditor do Esporte e escreve aos domingos