‘Não compartilhe copos’: veja o que fazer para se proteger do Covid-19 na BA

Manter os ambientes bem ventilados e lavar bem as mãos é fundamental

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  • Da Redação

Publicado em 6 de março de 2020 às 10:50

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Betto Jr/ CORREIO

A confirmação do primeiro caso de Covid-19 na Bahia deixou muitos baianos assustados, nesta sexta-feira (6), mas tanto os órgãos públicos como os especialistas afirmam que não há motivo para pânico. A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) divulgou uma lista com orientações sobre o que a população pode fazer para se proteger do vírus e como proceder caso tenha uma pessoa próxima com suspeita da doença.

O primeiro caso de coronavírus na Bahia aconteceu em Feira de Santana. A paciente é uma mulher de 34 anos que retornou da Itália em 25 de fevereiro, com passagens por Milão e Roma, onde aconteceu a contaminação. Ela está em casa e sendo monitorada pela vigilância municipal de Feira de Santana, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA) e o Núcleo Regional de Saúde Leste.

Confira o que fazerEvitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas; Realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente; Utilizar lenço descartável para higiene nasal; Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; Higienizar as mãos após tossir ou espirrar; Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; Manter os ambientes bem ventilados; Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença; Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações; Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

Cinco questões que todos devem saber

1. O que é o novo coronavírus? É um vírus em formato de coroa - por isso tem esse nome - que provoca uma infecção denominada oficialmente de Covid-19, sigla usada que significa 'doença por coronavírus 2019'.  A pessoa infectada por ele desenvolve um quadro com sintomas semelhantes aos da gripe, mas parte dos casos pode evoluir para pneumonia ou a chamada Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) e levar o paciente à morte. Esses casos de maior gravidade - em torno de 5%, indicam pesquisas recentes - têm ocorrido principalmente em pessoas acometidas por doenças pré-existentes,  como diabetes, hipertensão e problemas cardiovasculares.

2. Como se proteger? A higienização é a melhor forma de prevenção: é importante lavar as mãos com água e sabão ou limpá-las com álcool gel, mas nunca somente com água. Lave sempre as mãos após tossir ou espirrar, depois de cuidar de pessoas doentes, após usar o banheiro e antes e depois das refeições.  Ao tossir e espirrar, é importante cobrir a boca e o nariz. Use os braços ou lenços descartáveis para proteger o rosto. Assim que o lenço for usado, descarte-o e lave bem as mãos. Mesmo com elas limpas, evite tocar a mucosa dos olhos, nariz e boca.  O Ministério da Saúde recomenda  evitar contato com pessoas que estejam tossindo ou com febre, além de manter uma distância de, no mínimo, um metro de quem estiver espirrando. Também não é recomendado compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, copos e toalhas.

3. Máscaras e álcool gel são eficazes? O uso do álcool gel em 70% é recomendado para higienizar as mãos. Outros produtos desinfetantes, como água sanitária e a combinação de água e sabão, também são eficazes porque o vírus não é resistente ao ambiente. Já as máscaras, embora muito procuradas, não são necessárias ainda para a população em geral. Quem está saudável não precisa usá-las, a não ser que esteja em contato com alguém com sintomas de gripe ou covid-19. A máscara é importante para pessoas que vão viajar para áreas com risco de contaminação e profissionais de saúde. Máscaras estão praticamente esgotadas nas farmácias de Salvador (Foto: Betto Jr./CORREIO) 4. Há vacina contra o coronavírus? Ainda não existe vacina para combater o novo coronavírus. Apesar dos sintomas serem parecidos, a vacina da gripe protege apenas contra o vírus influenza, de outra família. Mesmo assim, o Ministério da Saúde decidiu antecipar a campanha de vacinação contra a gripe este ano - de 19 de abril para 23 de março. O objetivo é evitar o aumento de doenças respiratórias e a sobrecarga do sistema de saúde. Além disso, descartando os casos de gripe, fica mais fácil para os profissionais triarem possíveis casos de coronavírus.

5. Como é feito o tratamento? Não há uma medicação específica para tratar a Covid-19. Recomenda-se repouso, ingestão de líquidos, uso de analgésicos e antitérmicos. Nos casos mais graves, pode ser necessária a ventilação mecânica em hospital.

Sobre a doença

Como o surto começou? Os primeiros casos da doença provocada pela nova variante do coronavírus surgiram em dezembro de 2019 na cidade de Wuhan, na China. O vírus, no entanto, não é novo. Dos anos 1960 para cá, o coronavírus foi responsável por espalhar a Sars, na China, no início dos anos 2000, e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers), em 2012.