'Não estamos discutindo', diz Bruno Reis sobre uso de máscaras para frear varíola

Prefeito explicou que cidade se concentra no protocolo já estabelecido

  • D
  • Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2022 às 10:57

. Crédito: Divulgação/Secom

O prefeito Bruno Reis afirmou que não há discussão sobre o uso obrigatório de máscaras para evitar a transmissão da varíola dos macacos - monkeypox - em Salvador. No entanto, ele diz que não descarta que a medida seja tomada no futuro, caso seja necessário.

"Nesse momento, a gente descarta essa possibilidade. Não estamos discutindo e nem avaliando essa possibilidade. Isso não significa que, em algum momento, a gente não possa tomar essa decisão", explicou, nesta segunda-feira (15).

Bruno disse ainda que a prefeitura está concentrando os esforços no protocolo para combater a doença, divulgado no início do mês. "Ainda não é necessário avançar para máscara de uso obrigatório. Mas aqueles que puderem usar, e que tem comorbidades, podem usar e nos ajudar a evitar a transmissão da varíola e da covid também", afirmou.

Protocolo As orientações para prevenção da doença seguem as recomendações do Ministério da Saúde, como o uso de máscara, higienização das mãos e, no caso dos adultos, redução da quantidade de parceiros sexuais, porque a doença é transmitida através de gotículas respiratórias e do contato com as lesões na pele.

Quem apresentar os sintomas deve procurar uma das unidades de saúde. Nos casos suspeitos, o paciente deve ser isolado, inclusive do contato com a família, até que o resultado do exame fique pronto. Talheres, roupas de cama e outros objetos não devem ser compartilhados. A recomendação é procurar ajuda médica assim que notar o aparecimento das bolhas. Elas não devem ser estouradas e podem ser higienizadas com água e sabão (confira mais abaixo).

A infectologista da SMS Adielma Nizarala contou que a doença tem um período de incubação, ou seja, em que mesmo infectado o paciente não consegue transmitir o vírus, que é o período assintomático. Depois que os sintomas surgem, a contaminação já é possível e permanecerá ativa até que a pele seja cicatrizada.

“A doença tem duas fases. Na fase inicial o paciente vai sentir dor de cabeça, dor muscular, dor de garganta, febre, sintomas bem comuns às viroses, e dura em torno de cinco dias. A partir disso, as lesões começam a aparecer, únicas ou múltiplas, e em locais variados. Podem se apresentar inicialmente como um ponto de vermelhidão que depois evolui para uma placa e solta as bolhas”, explicou.

Como a transmissão acontece através do contato com as feridas e também através das gotículas das vias áreas, é importante usar máscara. Nos casos leves, será usada medicação para tratar os sintomas, e nos casos graves, medicação específica. “A Organização Mundial da Saúde ainda não definiu uma necessidade de vacinação em massa, mas já temos alguns países utilizando em grupos específicos”, afirmou.