Negativa do governo da Bahia pode atrasar volta de público em toda Série A

Clubes e CBF planejam apresentar alternativas ao tricolor

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  • Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2021 às 17:51

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

A decisão do governo do estado da Bahia de não liberar o retorno do público aos estádios nos próximos dias pode impactar diretamente toda a Série A do Campeonato Brasileiro. 

No acordo costurado entre a CBF e 19 dos 20 clubes que disputam a primeira divisão, ficou decidido pelo retorno das torcidas aos jogos a partir da 23ª rodada, que terá início no próximo sábado (2). O problema é que, para isso acontecer, o combinado é que todas as equipes precisam ter a liberação das autoridades das cidades em que mandam suas partidas. 

Entre os 20 clubes, o único que ainda não conseguiu a liberação é justamente o Bahia. Nesta segunda-feira (27), o governador Rui Costa informou que, por causa da crescente no número de casos da covid-19 no estado, pretende esperar um pouco mais antes de autorizar o retorno. 

"Seria um contrassenso de minha parte", afirmou Rui, dizendo que o número de casos ativos aumentou desde que se falou na possibilidade de abrir os estádios. "Abertura de público só acontecerá quando se mantiver a queda do número de contaminados. Se nesses 10 dias ao invés de aumentar, tivesse diminuído, eu estaria anunciando (a volta)", explicou.

De olho na situação, os outros clubes do Brasileirão planejam oferecer ao Bahia alternativas para contornar o problema. Uma reunião está marcada para esta terça-feira (28). Uma das saídas cogitadas seria autorizar a presença de torcida em nove dos dez jogos de cada rodada, com exceção ao que o tricolor estiver envolvido, o que garantiria, pelo menos parcialmente, a isonomia da competição. 

A segunda opção é que o Bahia leve os seus jogos para outro estado. Aracaju, que fica a cerca de 320 km da capital baiana, é uma das alternativas. Nesse sábado (2), o Esquadrão recebe o Ceará, às 19h, na Fonte Nova. Será o segundo jogo da equipe no estádio depois que o hospital de campanha foi desativado. 

Desde a última reunião com a CBF, no dia 4 de setembro, o Bahia vem mantendo conversas com as autoridades do estado e do município para viabilizar a presença da torcida. O clube chegou a enviar para a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) um protocolo com pedido de uso de 30% da capacidade da Fonte Nova (cerca de 14 mil pessoas).

Além disso, o clube divulgou como os assentos disponíveis serão distribuídos no retorno. Os sócios com acesso garantido que estão em dia com  a mensalidade terão prioridade. 

"O que a gente espera é que, em obediência aos critérios sanitários, todos os municípios passem a autorizar isso, lógico que com seu rigor, protocolo e quantitativo que entenda que é seguro para todos nós. Por exemplo, 10%, 20% ou 30% da capacidade do estádio. Esse é o nosso movimento, de todos os clubes. A gente espera ter essa liberação a partir de outubro, se tiver, lógico, em sintonia com as autoridades sanitárias", detalhou Bellintani na época.

Avaliação Como pontuou Rui Costa, uma análise no número de casos da covid será feita nos próximos dias para decidir se o retorno da torcida será liberado ou não. No entanto, Davidson Magalhães, titular da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Estado da Bahia (Setre), projeta com certo otimismo o retorno ainda em outubro. 

"Já tivemos contato com a FBF, essa semana provavelmente na quinta teremos reunião com a federação e já teremos novos dados do encaminhamento tanto da vacinação quanto da pandemia. Até quinta deve dar para ter um cenário mais claro", explicou o secretário.