No Peru, Bahia encara o Melgar pela 2ª fase da Copa Sul-Americana

Tricolor entra em campo às 21h30, no estádio Nacional, em Lima

  • Foto do(a) author(a) Gabriel Rodrigues
  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 29 de outubro de 2020 às 05:10

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

O Bahia volta a disputar a Copa Sul-Americana nesta quinta-feira (29), após oito meses. O tricolor entra em campo às 21h30 (horário de Brasília), quando encara o Melgar, do Peru, no estádio Nacional, em Lima, no jogo de ida da segunda fase da competição internacional.

A partida contra os peruanos é uma chance para a virada de chave do Bahia. Desde que eliminou o paraguaio Nacional, em fevereiro, na primeira fase, muita coisa mudou na vida do Esquadrão. Na retomada do futebol após a pandemia, o time perdeu a Copa do Nordeste e entrou em uma crise que culminou com a saída do técnico Roger Machado e a chegada de Mano Menezes.

Por sinal, a presença de Mano Menezes no clube é uma das apostas para ir longe na Sul-Americana. O treinador tem experiência em torneios em formato mata-mata. Só na Copa do Brasil ele tem três títulos por Corinthians e Cruzeiro (dois). E é essa experiência que Mano quer colocar em campo diante do Melgar.

"É uma oportunidade, vamos jogar um mata-mata, são critérios e comportamentos diferentes. Serão 180 minutos, ou passa ou fica pelo caminho. Vamos jogar o primeiro jogo fora de casa, quando você faz isso tem que ter o entendimento de trazer para sua casa a capacidade de decidir, se não for possível decidir no primeiro, o que quase nunca é para ninguém. Temos que ter essa maturidade, esse entendimento. É para isso que estamos preparando a equipe diante do Melgar", afirmou o comandante.

Este será o primeiro encontro entre Bahia e Melgar na história. Diante de um adversário pouco conhecido dos tricolores, Mano projeta o Esquadrão fazendo um jogo maduro dentro do campo adversário, mas pelas informações que colheu dos peruanos, ele analisa que os dois times estão em níveis bem parecidos.

"Não acredito que os torcedores do Melgar tenham tido uma preocupação muito grande conosco. Existe uma paridade entre as equipes, que vai fazer o jogo ser decidido em critérios bem objetivos, naquilo que as equipes produzirem. É dessa forma que respeitamos o Melgar”, disse Mano. O segundo jogo será disputado no dia 5 de novembro, na Fonte Nova.  

Enquanto o Bahia não teve dificuldades para eliminar os paraguaios do Nacional na primeira fase, com 3x0 em casa e 3x1 como visitante, o Melgar passou no sufoco contra o Nacional de Potosí, da Bolívia. Os peruanos venceram por 2x0 fora de casa e foram derrotados pelo mesmo placar como mandante. A classificação se deu nas cobranças de pênalti.

Lembrança da Libertadores de 89 Pelo menos em um ponto, o Bahia pode considerar que saiu na frente na disputa com o Melgar. Sediado em Arequipa, segunda maior cidade do Peru, o adversário normalmente manda os jogos no Estádio Nacional Universidade San Agustín, que tem capacidade para 40 mil pessoas. O local fica 2.300 metros acima do nível do mar, o que representaria mais uma dificuldade para o Esquadrão.

Por causa da pandemia do novo coronavírus, a Conmebol determinou que as partidas não serão disputadas em cidades com altitude muito elevada. Assim, o Melgar tem atuado no estádio Nacional, na capital Lima, que é litorânea.

Para o Bahia, jogar no local não será inédito. Durante a Libertadores de 1989, o time atuou no estádio Nacional nas oitavas de final. O adversário em questão foi o Universitário, uma das maiores equipes do Peru e sediada em Lima. Assim como neste ano, o primeiro jogo foi disputado no país vizinho e a volta em Salvador.

Na ocasião, houve empate por 1x1, com o gol tricolor marcado por Osmar, após os donos da casa abrirem o placar com Eduardo Muñoz. Na volta, o Esquadrão venceu por 2x1, gols de Marquinhos e Charles, e avançou às quartas de final, fase em que seria eliminado pelo Internacional.