Novo alvo da Faroeste é tido como elo de outros magistrados no esquema

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  • Jairo Costa Jr.

Publicado em 20 de dezembro de 2019 às 05:41

- Atualizado há um ano

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Um dos dois alvos da quarta fase da Faroeste, deflagrada ontem em Salvador, o advogado João Carlos Novaes é apontado por investigadores do caso como possível elo entre empresários supostamente beneficiados pelo esquema de venda de sentenças e magistrados do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ) que ainda não estão no radar da operação. Entre os quais, segundo apurou a Satélite, há desembargadores que atuam em Câmaras Cíveis da Corte. Nas buscas e apreensões realizadas pela Polícia Federal em endereços de Novaes, foram recolhidas grandes quantidades de documentos e arquivos eletrônicos. Os mandados foram cumpridos no escritório de Novaes, no edifício de número 23/25 da Rua Chile, e em sua residência, situada na Rua Fernando Tuy, 135, Itaigara. O material será submetido à análise de peritos da PF em busca de pistas que possam comprovar as suspeitas de que ele agia como operador  junto a novos alvos.

Tiro surdo Despertou surpresa entre fontes da PGR que acompanham a Faroeste o fato de que Novaes sequer foi citado nos pedidos e denúncias da operação, além de ser quase desconhecido por profissionais que atuam em grandes bancas da advocacia baiana.

Pedra no caminho  Presa no Núcleo de Custódia da PM do Distrito Federal, em Brasília, a desembargadora afastada Maria do Socorro Barreto Santiago, ex-presidente do TJ, encontrou na subprocuradora-geral da República Lindôra Maria Araújo um obstáculo em sua tentativa de passar as festas de fim ano em liberdade. Em manifestação ontem ao ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Og Fernandes, relator da Faroeste na Corte, a subprocuradora se posicionou contra a revogação da preventiva de Maria do Socorro, solicitada pela defesa da desembargadora. Ao STJ, Lindôra alegou que, uma vez solta, ela poderia comprometer a investigação do caso e a instrução do seu processo criminal no STJ.

Juntos e misturados  As críticas feitas ao trabalho do Ministério Público do Estado nas operações Inmobillis e Oeste Legal, deflagradas em 2016 para apurar grilagem e fraudes imobiliárias contra alvos da Faroeste, levaram a oposição à procuradora-geral de Justiça, Ediene Lousado, a se unir na disputa para sucedê-la na chefia do MP baiano. Em 7 de fevereiro, deverão marchar juntos os promotores Alexandre Cruz, Pedro Maia e Norma Cavalcanti, que pretendem usar a falta de resultados nas duas ações para defender o resgate da bandeira anticorrupção no órgão.

Na tranca A Justiça decretou ontem à prisão preventiva do vereador de Ilhéus Lukas Paiva (PSB), ex-presidente da Câmara da cidade e suspeito de desviar verbas da Casa. Paiva, que havia sido preso 28 de maio e solto seis dias depois, teria descumprindo a ordem para que não deixasse a cidade e se recolhesse em casa durante as noites, além da suposta atuação para ocultar provas e intimidar testemunhas.

Sem educação  Os repasses do Fundeb para o município de Jaguarari foram bloqueados judicialmente por irregularidades atribuídas ao prefeito Everton Rocha (PSDB). No fim das contas, os estudantes de uma das mais pobres cidades do Norte baiano pagarão pelos desmandos. "Em tempos de redução dos espaços de participação da sociedade, a prefeitura dá exemplo em ampliação da participação popular. Políticas públicas devem ser feitas por quem conhece", Leo Prates, secretário da Saúde de Salvador, ao elogiar a criação do serviço especializado em acolhimento de animais de grande porte na cidade