O confinamento e suas armadilhas tecnológicas

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  • Hugo Brito

Publicado em 2 de abril de 2020 às 17:40

- Atualizado há um ano

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Todo mundo em casa e, não tem jeito, por mais “raízes” que os pais sejam, o computador fica “liberado”, seja para aulas on-line, falar com os colegas ou apenas ter acesso à diversão. E nesse movimento o sono dos pais acaba indo embora, ao ver os filhos mais expostos às armadilhas da Internet. O jeito é “Educar”. Definitivamente, não adianta demonizar a tecnologia, afinal o mundo em que eles viverão será altamente tecnológico, esperamos que mais humano nas relações depois do Corona, mesmo assim não há como escapar ao fato de que será cada vez mais cheio de tecnologia.

A tecnologia ensina

Nesse momento, o Google, um dos atores mais presente nessa mudança de comportamento causada pela tecnologia, resolveu reforçar ferramentas que dão mais segurança e informação a pais e jovens usuários. Sobre esse movimento bati um papo com Viviane Rozolen,  especialista da empresa em educação sobre segurança dos usuários.

Viviane começou justamente frisando que uma empresa 100% ligada à tecnologia como o Google tem o dever de reforçar a confiança no uso das ferramentas tecnológicas e que ter usuários vítimas de golpes ou experiências desagradáveis, principalmente em se tratando dos mais jovens ou crianças, não é o que desejam.

Para começar, ela citou inclusive uma pesquisa realizada pela empresa sobre segurança on-line onde os pais e responsáveis mostraram que a maior preocupação deles é o acesso a conteúdo inadequado (55%), seguida de cyberbullying (14%) e o compartilhamento de informações em redes sociais (10%).

Seja Incrível

Essa é o nome do programa que, principalmente nesse momento de filhos presos em casa, o Google vem reafirmando. O site do programa Seja Incrível na Internet vem com dicas, atividades e ferramentas para preparar crianças para usar a Internet de modo consciente e seguro. Além disso, o programa tem o Guia da Família e o guia de Bem-estar Digital, pacote que se completa com um jogo onde pais e crianças acabam se divertindo juntos, o Interland.

Vale à pena dar uma olhada e repassar ao lado dos filhos as cinco grandes lições, que são citadas pela especialista do Google e que servem de pilares para os conteúdos presentes na iniciativa da empresa. O primeiro é Compartilhe Com Cuidado e tem o foco a necessidade de um comportamento controlado na hora de compartilhar assuntos que podem expor além do próprio jovem sua família e amigos.

O segundo assunto abordado é Não Caia em Armadilhas e deixa claro como existem sites, mensagens, que visam apenas tirar informações para tentar aplicar golpes futuros, algo muito ligado ao ponto seguinte, que é Proteja Seus Segredos, um fortalecimento do hábito de não compartilhar informações sigilosas. A quarta lição que permeia o programa foca na ideia  de que É Legal Ser Gentil, que trata da necessidade de se evitar o bullying e da importância do respeito às diferenças.

A quinta e última lição que permeia o Seja Incrível na Internet é muito simples e pode ajudar a evitar um monte de problemas. Na Dúvida Fale Com Alguém, um incentivo para que os pais sejam procurados nos momentos de dúvida, de forma aberta. "A educação sobre como usar a tecnologia", termina Viviane Rozolen, "é o principal". Não devemos demonizá-la e sim ensinar nossos filhos a forma correta de interagir com essa ferramenta capaz de trazer muitas experiências positivas.

Cuidado também nas compras

Nessa mesma linha, tem muita gente usando a compra on-line, e aí alguns cuidados também são necessários e, mesmo não sendo novidade, alguns especialistas se reuniram para dar dicas sobre isso – afinal, precaução e canja de galinha nunca fez mal a ninguém, não é verdade? Vamos a elas:

1. Reputação da loja: a CEO da Trustvox foi quem falou sobre esse assunto. Para ela é importante que as lojas sejam cada dia mais transparentes com os clientes, sendo responsáveis pelos dados e opiniões que são divulgados para os consumidores, disponibilizando reviews e avaliações de produtos, e enfatiza:” Para que isso seja um apoio real na decisão de compra, as marcas e varejistas precisam ser sinceros com as informações que são compartilhadas”. Nesse ponto o resumo é pesquisar a reputação do site ou loja virtual antes de comprar. Perguntar a um amigo e navegar por sites de reclamações geralmente aumenta a segurança.

2. Formas de pagamento: Tom Canabarro, co-fundador da Konduto, foi quem falou sobre isso. A dica dele é direta. “Desconfie de lojas que disponibilizam unicamente boleto bancário como forma de pagamento e não permitem pagamentos por cartão de crédito.” Ele explica que isso é um sinal de que a empresa não teve, ou não quis, cumprir as exigências legais para poder receber transações por cartão, sinal de que pode se tratar de  um site fraudulento. É de Canabarro também a terceira dica.

3. Medidas de segurança:  Aqui é o ponto que já tratamos algumas vezes aqui na coluna. O risco de cair em um golpe de engenharia social, o Phishing. Canabarro alerta: “O consumidor precisa tomar cuidado com e-mails falsos, manter um antivírus sempre atualizado no computador e no smartphone e nunca deve enviar dados sensíveis de cartão de crédito (número, código CVV e validade) por e-mail, chat ou mensagem de texto”

4. Conclua o pagamento no checkout da loja virtual: Para Ralf Germer, CEO e cofundador da fintech brasileira PagBrasil é de extrema importância que as pessoas terminem o pagamento da compra dentro da plataforma do e-commerce, e arremata: “Fuja de lojistas que encaminham por e-mail ou WhatsApp um boleto ou a conta para transferência bancária, alegando que, dessa forma, é possível obter um desconto maior”. Ralf também dá outra dica. Sempre verificar se o domínio corresponde ao do e-commerce verdadeiro. Uma letra a mais, um ponto com várias coisas escritas depois, coisas que saem do normal são motivo imediato para desconfiar e investigar melhor. 

5. Desconfie de promoções “imperdíveis”:  Essa é a última dica e foi dada por Fabio Carneiro, Co-fundador do Promobit, social commerce de ofertas. Para ele é muito importante que o consumidor esteja atento a fraudes que aparecem como ofertas mirabolantes do tipo aparelhos custando a metade do valor de mercado. “Sempre confira se a loja possui selos de segurança e se estão redirecionando para as páginas corretas. Também é importante ficar atento se a URL (endereço do site) possui HTTPS antes do WWW e se o nome da loja está escrito da forma correta. Caso receba promoções por redes sociais ou apps de mensagem, tenha cuidado redobrado, mesmo que venha de uma pessoa bem-intencionada.” No mais amigos, boas compras e fiquem bem!