O Galo vai lutar e o Bahia vai vencer

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  • Paulo Leandro

Publicado em 4 de agosto de 2021 às 05:54

- Atualizado há um ano

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Acreditar em si mesmo teria sido uma das qualidades do Bahia desde sempre, considerando a eternidade de um clube, pois tem a natureza dos deuses, nunca condenado a desistir, dada a condição sobrenatural de seu perfil, tudo registrado em Hinos Homéricos. 

Afirma-se, para fins de compreensão pelos mortais, o ano de 1931, como o de sua fundação, no entanto, sabe-se o Bahia dotado de superpoderes relacionados às energias da vida enquanto vida, impossível determinar o início de quem nunca terá fim, Éros no comando! 

Dadas as condições divinais, vale recuperar, numa hipotética preleção, esta condição referida por mitógrafos em verbete da letra B: Bahia, clube nascido para vencer, escapou do labirinto com Dédalo, ajudou Páris no rapto de Helena, Dioniso derramou garrafas em sua intenção. 

Os fundadores do Bahia lutaram junto a Ulisses, acompanharam Héracles na refundação dos primeiros Jogos Olímpicos, deram força no triunfo sobre o Leão de Nemeia e a Hidra de Lerna; uma tradição revela seus heróis convidados ao casamento de Zeus e Hera. 

Terão mais serviço os mitógrafos, ao escreverem a nova façanha, a vitória, hoje, sobre o Campeão do Gelo, derretendo a vantagem criada em Minas com um magro 2x0, dá pra reverter sim, ora se dá, perdeu a oportunidade o Galo de fazer o placar em seu terreiro. 

Como analisou o tricolor Luciano, da empresa detetizadora, o Bahia é forte na frente, tem o apoio de Nino a Rossi, rápido na direita, a maldição é comemorar fazendo arminha, fascismo sem noção... e apontar pro céu quando faz gol, o todo-poderoso ajuda uns, e outros, não... 

Seguiu ensinando o inimigo das baratas (e hoje, dos galos, menos meu sobrinho Gabriel): o Bahia tem Gilberto, Rodriguinho... os backs vão ficar tontos diante do gel venenoso aplicado nos cantos da trave e na entrada da área, êta remedinho eficiente! Está em qualquer profecia! 

O problema estaria cá atrás e Luciano me citou um zagueiro de nome composto, eu lembrei outro, não entendo esta máscara de chamar como artista de Hollywood o jogador de hoje em dia, se a bola pede apenas um apelido. Mais trabalho de fundamento e humildade, galera! 

Não importa, a camisa do Bahia, içada ao vento, é como reza de aroeira, louve-se, no entanto, o profissionalismo e o talento do incrível Hulk, aos 35 anos, rico, forte, inteligente, artilheiro, cria da Universidade do Futebol, e o argentino Nacho, cracaço, uma grande dupla. 

Quanto mais forte o adversário, melhor, esqueçam a má fase, hoje é outra história, o Atlético é candidato aos títulos tanto da Copa do Brasil, como do Brasileiro, portanto, será o visitante perfeito para o Bahia reativar perfil olimpiano de superar a si mesmo, cumpra-se o destino. 

Assim conheci o Bahia: o mais prudente era deixá-lo em paz, no 0x0 de boa, ele lá quieto, porque marcar um gol poderia despertar aquele Polifemo gigantesco tomando proporções à medida do rugir de seu exército, ali do lado B das cabines de rádio: Baêa! Baêa! Baêa!  

Hoje, a Torcida Única não vai, mas poderiam as organizadas dar o maior-apoio na chegada do ônibus: cada tricolor, por imaginação, internet ou radinho, tem de jogar junto, criando campo quântico de positividade por toda Salvador e Feira de Santana. O Atlético vai lutar! O Bahia vai vencer!

Paulo Leandro é jornalista e professor Doutor em Cultura e Sociedade.