O misterioso WhatsApp pay

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  • Hugo Brito

Publicado em 6 de maio de 2021 às 08:59

- Atualizado há um ano

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Demorou mas, tudo indica, que esse mês, algumas pessoas de São Paulo já poderão usar a misteriosa e agora já não tão esperada solução. O desânimo da minha frase se deve a um dos maiores desafios da plataforma que é oferecer um serviço que o PIX já faz. A especulação é inclusive de que o atraso na liberação do WhatsApp pay no Brasil teve esse objetivo mesmo, de fazer o PIX chegar e “pegar" primeiro, mas, repito, é apenas especulação. Mesmo com todo esse cenário de novidade requentada o jogo não está perdido para o popular Zap, de Mark Zuckeberg, dono também do Facebook. A plataforma de mensagens tem como diferencial a possibilidade de enviar e receber dinheiro sem sair do aplicativo, no meio de uma conversa, e isso deve ser o que vai fazer com que os bancos grandes dobrem os joelhos e venham a aderir ao serviço. Agora é esperar tudo ser liberado para ver se os usuários vão aderir à novidade e, com isso, começar a realizar o sonho de Zuckeberg de fazer o WhatsApp, finalmente, dar dinheiro.

E por falar em dar dinheiro… Outro setor de serviços tecnológicos que luta para fazer a engenharia financeira funcionar é o de streaming de músicas. O Spotify, por exemplo, fechou 2020 com mais um crescimento de clientes de quase 20%, puxado pela pandemia e pela chegada da plataforma a novos mercados, mas amargou de novo prejuízo, dessa vez de cerca de meio bilhão de euros. Em 2019 a empresa também tinha fechado com resultado negativo de mais de 200 milhões de euros. E a discussão está quente pois parece que só quem está feliz com toda a estrutura montada é o ramo das gravadoras, que leva mais de 55% do valor movimentado na plataforma, que fica então com algo em torno de 30%. O que sobra para dividir entre editoras musicais, entidades de direitos autorais e quem efetivamente faz as músicas existirem, os artistas, é a magra fatia de 15%, e a reclamação que antes dó partia dos pequenos trouxe vozes de maior peso, com a queda nos lucros dos shows gerada pela pandemia. 

O grito dos não tão excluídos Um deles é o eterno Beatle Paul McCartney que enviou uma carta para o jornal inglês “The Guardian” onde encabeçou uma lista de mais de 150 artistas pedindo ao governo do Reino Unido uma ação reavaliando a forma como o bolo é dividido. Aqui no Brasil a coisa não é diferente, e artistas grandes já começam a se movimentar para fazer algo parecido. Um cantor brasileiro que não quis se identificar falou ao site Neofeed que teve 400 mil audições de uma música no ano passado e ganhou por elas apenas R$ 49,00, o que vamos combinar é muito pouco e até um contra-senso pois sem música não existe streaming. É óbvio que a estrutura antiga, que resistiu até o fim dos CDs, muito mais simples de controlar e dividir o lucro, já que tudo girava em torno de algo palpável e com preço de capa, não voltará a existir mas, fica gritante, o fato de que a forma atual do mercado de distribuição de música online gera uma conta que não fecha, e esse modelo precisa ser revisto urgentemente para não virar mais uma bolha ou um Titanic, imponente, inovador e indestrutível porém, prestes a afundar. 

Estudo do sono Um pesquisa utilizando o dispositivo vestível “actímetro” comprovou o velho ditado “sono perdido não se recupera”. Nela voluntários usaram o equipamento no punho e tiveram medidas ininterruptas da atividade corporal, luz ambiente e temperatura do quarto e do organismo. O resultado mostrou com dados precisos que dormir pouco reduz aprendizagem, equilíbrio e coordenação. E para quem pensa que esticar o sono no final de semana compensa, o trabalho liderado por Arturo Forner-Cordero, membro do Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE) e docente da Universidade de São Paulo, mostrou que o chamado jet leg social compromete o desempenho de várias atividades motoras, sendo especialmente crítico em profissionais como caminhoneiros, operadores de máquinas e pilotos de avião e helicóptero. O experimento, que na primeira etapa durou 2 semanas, vai agora para uma segunda fase, conforme explica Arturo: “O próximo passo do nosso trabalho é saber quanto o déficit crônico de sono e o jet leg social comprometem a postura. Desta forma, poderemos no futuro estabelecer parâmetros para avaliar se profissionais com este problema podem desempenhar determinadas funções ou precisam parar para descansar”.