O que esperar do Vitória em 2020?

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  • Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Um ano difícil. Essa é a resposta para o questionamento apresentado no título desta coluna. O Vitória continuará a enfrentar uma crise financeira na próxima temporada, prova disso é que o próprio presidente, Paulo Carneiro, afirmou, em entrevista ao site GloboEsporte.com, que a situação hoje é pior do que aquela que ele encontrou quando chegou ao clube, em abril. Um dos motivos para tal situação foi a antecipação de receitas, como duas cotas de televisão, para que o rubro-negro pudesse “sobreviver”, confessou o mandatário.

Mas, calma lá: dizer que a expectativa é de um ano difícil não significa profetizar o apocalipse, afirmar que o Vitória passará por todos os perrengues deste ano, com eliminações precoces nas competições do primeiro semestre e briga incessante contra o rebaixamento para a Série C, para só no fim respirar aliviado, quase a ponto de comemorar uma permanência na segundona. A única certeza que se pode ter é de que a diretoria rubro-negra terá muito trabalho para gerar receitas que equilibrem as finanças do clube.

A projeção de orçamento do Vitória para 2020, de acordo com Paulo Carneiro, é de R$ 35 milhões. Um valor muito baixo, porém realista. O presidente não inclui nessa conta as cifras que serão injetadas no clube em caso de negociações de jogadores, que são uma possibilidade bem concreta. Há atletas com valor de mercado retornando à Toca do Leão para a próxima temporada e que não estão nos planos do presidente, casos do meia Yago e do atacante Neilton, que têm salários incompatíveis com a realidade financeira do clube.

Esse é o desafio do Vitória para não passar o mesmo sufoco de 2019: fazer brotar novas receitas, que podem advir dessas negociações de atletas, de novos contratos de marketing ou mesmo de uma campanha de adesão em massa de sócios, mas, para isso, é preciso apostar em uma comunicação mais eficaz e melhorar o relacionamento com o torcedor. E, é claro, os resultados em campo são fundamentais para que isso aconteça.

Para esse trabalho, o do campo de jogo, o Vitória aposta na manutenção do técnico Geninho, talvez o principal responsável pela permanência do clube na Série B. Em um momento de forte pressão, ele assumiu a equipe, deu tranquilidade e serviu como uma espécie de ponte entre os atletas, que reclamavam salários atrasados, e a diretoria. Não se engane, torcedor: a importância do experiente treinador de 71 anos vai muito além do trabalho desenvolvido dentro de campo. A bagagem de tantos anos de profissão foi fundamental para acalmar os ânimos do elenco e manter o foco na luta contra o rebaixamento.

Ao aceitar o convite para comandar o barco rubro-negro na próxima temporada, Geninho ouviu do presidente Paulo Carneiro a promessa de dias melhores, da entrada de novas receitas com negociações de jogadores para reformular o elenco e brigar para voltar à elite do futebol brasileiro, algo que nunca esteve perto de acontecer ao longo de toda a Série B deste ano. Isso é, aliás, tudo o que o torcedor do Vitória espera que o futuro lhe traga. Dias melhores.

Rafael Santana é repórter do globoesporte.com. Escreve às quartas-feiras.