O que mudou no Bahia após a chegada de Guto Ferreira? Entenda

Com apenas uma semana de clube, treinador mudança grande no esquema tático do tricolor

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  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 14 de outubro de 2021 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

A situação do Bahia no Campeonato Brasileiro ainda não é das melhores. Com 27 pontos em 25 jogos, o tricolor luta para se livrar da zona de rebaixamento da Série A. Mas, em só uma semana de trabalho, o técnico Guto Ferreira conseguiu levantar o astral do time e também dos torcedores. 

O empate com o Palmeiras, por 0x0, na noite da última terça-feira (12), na Fonte Nova, foi a prova de que o tricolor vive uma nova fase desde a saída de Diego Dabove e a chegada de Gordiola ao clube.

Apesar de não ter vencido a partida, o Bahia sufocou o adversário no campo de defesa e mostrou a intensidade ofensiva, características dos times de Guto. No fim, a equipe saiu de campo aplaudida pelos torcedores que estiveram no estádio. A explicação para a evolução do Esquadrão está nas mudanças táticas realizadas pelo treinador. 

Diferente de Dabove, que nos seis jogos que comandou o time colocou em campo seis escalações diferentes, Guto parece já ter encontrado uma base da equipe titular. Para isso, o comandante recorreu a peças que pareciam esquecidas dentro do próprio clube. 

No meio-campo, o retorno do volante Patrick qualificou a saída de bola. O tripé formado pelo camisa 45 em companhia de Daniel e do argentino Mugni ganhou ainda o reforço de Juninho Capixaba e Raí Nascimento. Além de ajudarem colocando velocidade no ataque tricolor, os dois pontas têm a função de fechar os espaços quando o time está sem a bola, tornando a marcação no meio mais sólida. 

Por sinal, a utilização de Juninho Capixaba na segunda linha é a grande arma de Guto Ferreira até aqui. Com a menor obrigação de marcar, o lateral esquerdo se mostrou uma boa peça no ataque e, por hora, vem conseguindo resolver um antigo problema do setor ofensivo. Para completar, a entrada de Matheus Bahia reforçou um lado vulnerável da defesa. “Quando o grupo se fecha e se ajuda, consegue ter o rendimento que vem tendo. Duas partidas dificílimas, contra dois adversários difíceis. Todos eles dentro do G10. E não tomamos gol. Finalista da Libertadores e finalista da Sul-Americana, completo. Acho que isso mostra que o Bahia tem potencial para fazer uma campanha de crescimento, retomada. E chegar no lugar que merece no final da competição, que é estar na Série A e brigando por uma competição internacional”, analisou Guto.   Ainda é cedo para fazer uma análise profunda sobre o trabalho de Guto Ferreira, mas o tricolor já começou a colher os primeiros frutos. Mais competitivo, o time somou quatro dos últimos seis pontos que disputou, algo que parecia impensável em boa parte do Brasileirão. Para se ter uma ideia, sob o comando de Dabove, no segundo turno, o tricolor conquistou apenas dois dos 12 pontos disputados. 

A equipe atual conseguiu ainda completar duas partidas sem sofrer gols, desempenho importante para o clube que tem a segunda pior defesa do campeonato, com 38 tentos. O próximo desafio do tricolor será no sábado (16), quando visita o América-MG, às 21h, no estádio Independência.

Como ficou o Bahia de Guto Ferreira:  Com uma semana de trabalho no Bahia, Guto já fez mudanças importantes na equipe. O treinador ‘dobrou’ a lateral esquerda, recolocando Matheus Bahia no time e deslocando Juninho Capixaba para o ataque. A alteração fortaleceu a marcação e potencializou as jogadas por dentro com Mugni. No lado oposto do ataque, Raí foi a solução encontrada para substituir o machucado Rossi. Além de colocar velocidade na ponta, o jogador tem a função de fechar os espaços e ajudar na defesa. Já o volante Patrick contribuiu para a boa saída de bola.