Obra do MAM completa um ano de abandono

Por Ronaldo Jacobina

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Publicado em 4 de novembro de 2017 às 12:35

- Atualizado há um ano

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A paralisação das obras de reforma do Museu de Arte Moderna (MAM) completou um ano em outubro. Em junho passado, o CORREIO denunciou a situação de abandono do espaço e, na ocasião, o governador Rui Costa teria solicitado ao vice-governador e secretário de Planejamento do Estado, João Leão, que realizasse vistoria no museu, considerado um dos pontos turísticos mais importantes da capital baiana. O CORREIO denunciou a situação de abandono em junho passado (Foto: Marina Silva/Arquivo Correio) A visita aconteceu no dia 3 de junho. Depois de percorrer todas as dependências do Solar do Unhão, Leão afirmou, em nota encaminhada à reportagem do Correio, que a reforma era um compromisso importante do governador Rui Costa e dele. “Vamos dar continuidade à preservação desse importante centro cultural que é uma referência das artes e da cultura, não somente para a Bahia, mas também do Brasil”.

A nota dizia ainda que o governo estadual iria investir mais R$ 7,7 milhões na reforma, incluindo requalificações, além dos famosos arcos e o Parque das Esculturas.

Cinco meses depois, a obra ainda não foi retomada. Por lá, a mudança se resume a limpeza da área e a volta da movimentação do público e dos artistas que, apesar da crise, mantêm exposições e as oficinas de arte. Isso, graças ao esforço do diretor Zivé Giúdice, que não deixa a peteca cair, mesmo sem recursos.

Os artistas, aliás, continuam aguardando a promessa do governador de transferir a gestão dos museus, hoje no Ipac, para a Fundação Cultural. Na semana passada, a nova secretária de Cultura, Arany Santana, visitou as instalações do MAM e prometeu se empenhar. Mas, dinheiro, até agora, nada.

Museu vai abrigar coletivo de design E por falar no MAM, o espaço vai abrigar um coletivo de design. Formado pelos designers Luiz Cláudio Motta, Alisson Louback, Magu Atala, Juliana Sedó, Gabriela David e Pedro Caldas, a iniciativa visa criar um espaço de convivência com a comunidade através da criação de produtos e troca de experiências com profissionais de todo o país. A contrapartida é oferecer oficinas de design para a comunidade.

Samba da saudade Juliana Ribeiro vai homenagear Clementina de Jesus pelos seus 30 anos de morte. O show vai reunir 30 artistas no Teatro Vila Velha, no campo grande, no dia 17 de novembro, às 17h.

Outros tempos1. E amanhã tem mais uma edição do Domingo Gastronômico, iniciativa que vem movimentando o Pelourinho. Com performances de artistas dirigidos por Rita Assemany, a partir de textos de Aninha Franco, espalhadas pelos diversos restaurantes do Centro Histórico que criaram cardápios a partir de receitas descritas no livro Arte Culinária na Bahia, de 1916, de Manuel Querino, o evento, realizado em parceria com a Prefeitura de Salvador, tem agitado as tardes de domingo na região. Carlos Betão, que interpreta Gregório de Mattos nos restaurantes que participam da ação, agora quer viver mais na pele do Boca do Inferno (Foto: Betto Jr./Arquivo Correio) 2. As atrizes Paolla Oliveira, Flávia Alessandra e Fiorella Mattheis desembarcam em Salvador na próxima segunda-feira (6) para participar da festa de inauguração da joalheria Monte Carlo, no Salvador Shopping. A marca, que tem mais de 40 lojas no Brasil, escolheu a Bahia para abrir sua primeira unidade no Nordeste. Paolla Oliveira desembarca em Salvador na próxima segunda para a festa de inauguração da joalheria Monte Carlo no Salvador Shopping (Foto: Divulgação) 3. O poeta José Inácio Vieira de Melo lança, na próxima segunda-feira (6/11), às 19h, no Café-Teatro Zélia Gattai, na Fundação Casa de Jorge Amado, no Pelourinho, o livro Entre a Estrada e a Estrela, que acaba de ser publicado pela editora carioca Mórula. Durante o lançamento, os atores Jackson Costa e Chico de Assis e os poetas José Inácio, Jovina Souza e Rita Santana farão um recital com poemas da obra.

Baianidade pelo Brasil O espetáculo infantojuvenil Áfricas será apresentado de 10 a 12 de dezembro, na Caixa Cultural de Brasília. A peça do Bando de Teatro Olodum reúne música, cores e danças às lendas e contos que revelam a grandiosidade do continente africano. A direção é de Chica Carelli, músicas de Jarbas Bittencourt e coreografias de Zebrinha.