ONU Mulheres pede que caso Elitânia não fique impune

Jovem foi assassinada em Cachoeira e o ex-namorado é o principal suspeito

Publicado em 3 de dezembro de 2019 às 23:09

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e a ONU Mulheres divulgaram uma nota nesta terça-feira (3) em que fazem um apelo para que o assassinato da universitária e líder quilombola Elitânia de Souza da Hora, ocorrido na quarta-feira (27), em Cachoeira, seja apurado e solucionado.

“Nós fazemos um chamado a toda a sociedade brasileira, especialmente aquelas pessoas em espaços de tomada de decisão, para garantir que a justiça seja feita e que soluções sejam encontradas, de forma a virar a página da violência contra as mulheres e promover o bem-estar de todas as pessoas”, diz trecho da nota.

“Elitânia foi violentamente assassinada a tiros, a despeito de uma medida protetiva, em um caso suspeito de feminicídio. Sua morte ocorreu apenas dois dias depois da abertura da mobilização anual dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres, organizada pelas Nações Unidas, parcerias governamentais e a sociedade civil”, lembram o Fundo e a ONU Mulheres.

“Essa perda irreparável demonstra o quanto ainda falta a ser feito para garantir que o investimento feito em nossa juventude não seja perdido”, complementa a nota.

Elitânia era estudante do 7º semestre do curso de Serviço Social da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e foi assassinada às 22h50 da quarta-feira (27), a tiros.  O crime aconteceu na Rua do Fogo, no Centro da cidade.

A Polícia Civil aponta o ex-namorado dela, Alexandre Passos Góes Silva, como o autor dos disparos. Ele é filho de um juiz aposentado da cidade.