Outubro Baêa previne contra rebaixamento

Linha Fina Lorem ipsum dolor sit amet consectetur adipisicing elit. Dolorum ipsa voluptatum enim voluptatem dignissimos.

  • Foto do(a) author(a) Paulo Leandro
  • Paulo Leandro

Publicado em 7 de outubro de 2020 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: .

A campanha Outubro Baêa, iniciada com a derrota para o Sport Recife, poderia muito bem ser sinalizada com um lacinho azul-vermelho-branco afixado na camisa do torcedor, próximo ao coração. Seria fofo como mostra do amor vencendo o olho-grosso!

Trata-se de prevenir contra o rebaixamento, com a obtenção de resultados capazes de refletir o desempenho do time em campo, em cinco jogos, todos eles, com perfil de uma decisão, cada, devido à situação atual de leve desespero na classificação.

São três as perguntas básicas para evitar mais um descenso, entendendo-se aqui como patologia a ser evitada ou tratada: o gestor saberá acompanhar, pari passu, o movimento da vida para não dar este desgosto à torcida única, devotada ao atual tricampeão baiano.

A primeira pergunta seria: como está o ânimo dos jogadores, há alguma perturbação na regularidade do ambiente, nos treinamentos e nas partidas, o comando de Mano Menezes, tá okay? Vale verificar, com frequência, alteração no equilíbrio do grupo.

A questão número dois envolve a liberdade de expressão: os jogadores têm incentivo para consultarem-se ao treinador ou a outras instâncias superiores para dizerem, abertamente, suas dúvidas, ou darem dicas a fim de melhorar o desempenho da equipe?

E a terceira, deste breve guia do Outubro Baêa seria: podemos ser honestos e corajosos o suficiente para buscar fontes confiáveis de informação acerca de como nos conduzir diante de adversários, considerando cada um deles, como distintos uns dos outros?

Vejamos quem vem lá: o primeiro de todos, hoje, é o Vasco, clube de baixo risco extra-campo, dado o histórico de rusgas com os proprietários do futebol brasileiro, desde o golpe do Clube dos Treze de 1988. Aposto nos três pontos para o Bahia.

Depois, domingo, tem o Fluminense do Rio, o zodíaco recomenda redobrar a cautela, evitando dar razão a árbitro intimidar com advertências logo no início do jogo e todo cuidado em lances polêmicos relacionados ao tenebroso VAR. Empate é bom negócio.

Na sexta, dia 16, o Bahia tem jogo-chave, aquelas figurinhas de dar prêmio no álbum. O Goiás faz boas partidas, Goiânia está bem quente, mesmo à noite: o Bahia tem a semana toda para preparar-se. É jogo para controlar a pressão e botar fé nos três pontos, fora.

Bahia x Atlético Mineiro passou a ser um jogo de alta carga simbólica, pois ao empatar com o Galo, gol de Zé Carlos, na campanha do bi nacional de 1988, o Tricolor passou a encarar o campeão do gelo em pé de igualdade. Muito equilíbrio! Um a zerinho tá bom.

O Outubro Baêa encerra-se com um jogo às dez da noite, no dia 24, contra o híbrido Fortaleza: tricolor de aço, como o Bahia, mas no totem, o animal é o Leão do Vitória. Não se pode respeitar demais os camaradas cearenses, nem menosprezar. Bora vencer!

Na calculadora, a campanha de prevenção Outubro Baêa poderia render ao Bahia, levando em conta os poderes de clarividência e prestidigitação desta coluna, entre 11 e 13 pontos de 15 disputados. Nada de deixar para novembro.

Assim, penso tranquilizar a prezada leitora Miriam de Sales, cuja contrariedade é acompanhada por outros bahias, sem precisão, pois quando o Etna tricolor entrar em erupção, até vaga na Libertadores vai rolar, só vou apostando! 

Paulo Leandro é jornalista e professor Doutor em Cultura e Sociedade