Pandemia e o fim do cartão

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  • Hugo Brito

Publicado em 2 de julho de 2020 às 05:35

- Atualizado há um ano

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Formas de pagar as contas sem o uso do cartão não são novidade já há um bom tempo, mas o que acontece é que pagamentos sem contato que há  até poucos meses eram apenas um luxo, viraram uma necessidade com a pandemia do novo coronavírus. Além do pagamento por aproximação, já presente em vários cartões de crédito e que deve acelerar o fim do cartão com chip, um outro fenômeno que se instalou e que por sua vez pode representar a morte antecipada dos caros e sofisticados sistemas de pagamento por aproximação que vinham sendo colocados em smartphones e smartwatches é o crescimento rápido do uso do bom e velho QR Code.

As Lives de diversos artistas usando essa tecnologia para recolher doações e fazer sorteios, popularizando o costume de apontar a câmera do celular para essa evolução do código de barras. Empresas como a Fintech PicPay perceberam o movimento e entraram forte no negócio. Já é possível ver aqui em Salvador o que pode ser, usando a expressão do momento, o “novo normal” das operações de pagamento na rede de supermercados Assaí, que disponibiliza o pagamento feito dessa forma. Com o aplicativo instalado é possível pagar as compras sem contato com máquinas de cartão ou com os próprios cartões, no caso dos que usam o sistema de aproximação, bastando apontar o  aparelho para o QR Code exibido na tela do terminal de caixa. Realmente o que se vê é que a pandemia acelerou esse e muitos outros processos que demorariam anos para se popularizar.

Inteligência artificial evita contaminação

A tecnologia está sendo usada pela companhia sueca de embalagens Tetra Pak na análise de processos da indústria de alimentos e bebidas, através de sensores nas linhas de produção de clientes da empresa, que enviam dados para o Centro de Gestão de Qualidade e Desempenho localizado na Suécia. Após analisadas pela inteligência artificial e por cientistas de dados, as informações tratadas geram relatórios que permitem a ação imediata das equipes de serviços, inclusive no Brasil. Dois sistemas principais são foco do monitoramento. O primeiro é o dos chamados separadores, que atuam exatamente separando componentes de alimentos durante a produção. O segundo estuda possíveis falhas de estrutura que possam trazer vazamentos nos trocadores de calor, os sistemas aquecem ou esfriam os alimentos e bebidas que estão sendo produzidos. Vazamentos em um desses sistemas, segundo os peritos da polícia, contaminaram lotes de uma cervejaria brasileira causando a morte de diversas pessoas no ano passado. Segundo especialistas da filial brasileira da Tetra Pak os testes de integridade em trocadores de calor identificam fissuras e rachaduras no equipamento que, se não reparadas, poderiam causar a troca de fluidos entre alimento e fluido refrigerante. Os especialistas frisam que a tecnologia usada é fundamental para garantir a qualidade do alimento e assegurar que, durante a etapa de tratamento térmico, o fabricante cumpra com os mais altos padrões de segurança disponíveis na indústria.

Potência feminina apoiada pelo Google

O Instituto Rede Mulher Empreendedora, com apoio do Google.org, o braço filantrópico do Google, lança este mês o “Potência Feminina”, um programa que vai dar apoio a negócios liderados por mulheres. Serão doados mais de R$ 7,5 milhões no período de dois anos, ajudando mais de 50 mil pessoas de forma direta. Segundo Ana Fontes, fundadora do Instituto Rede Mulher Empreendedora, o efeito negativo da pandemia é maior sobre as mulheres: “Sabemos que a pandemia prejudica inúmeros negócios pelo país. Mas esse impacto é ainda maior dentro do universo feminino, onde o acesso a crédito e a emprego é comprovadamente limitado”. Valdir Leme, head de Marketing do Google, destaca que o uso da tecnologia será essencial para que o mundo dê a volta por cima após a pandemia, especialmente em países desiguais como o Brasil: “Acreditamos que, por meio da tecnologia, podemos ajudar quem está sendo mais penalizado a superar os desafios de hoje e, ao mesmo tempo, dar condições para a retomada das atividades em um futuro próximo”. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora e pelo Instituto Locomotiva, em maio deste ano, 86% dos negócios liderados por mulheres não estavam funcionando, ou estavam com menor movimento, por causa da covid-19. Na mesma pesquisa foi possível perceber que 60% das empreendedoras esperam ter no máximo um salário mínimo como rendimento durante a pandemia. O programa Potência Feminina, além do apoio a negócios, também vai capacitar mulheres nos temas de empreendedorismo, empregabilidade e tecnologia. Se você é empreendedora e precisa dessa força acesse https://www.potenciafeminina.net.br/