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Técnico conta que tem trabalhado lado motivacional do elenco do Leão
Vitor Villar
Publicado em 26 de outubro de 2019 às 05:30
- Atualizado há um ano
Geninho é advogado de formação e técnico de futebol de carreira. Porém, quando assume uma equipe em situação difícil, como é o caso atual do Vitória, o comandante tem que demonstrar também algumas facetas de psicólogo.
O aspecto motivacional do time foi o que dominou a última coletiva do comandante antes do duelo com a Ponte Preta, neste domingo (27), às 16h, no estádio Moisés Lucarelli, pela 31ª rodada da Série B.
Trata-se de mais um confronto decisivo para o Leão na luta contra o rebaixamento. O rubro-negro chegou à esta rodada com 33 pontos, dois acima do 17º colocado, o Figueirense. Resumindo: se perder, pode terminar a rodada entre os quatro últimos.
O time embarca para Campinas na tarde deste sábado (26). Na entrevista coletiva, concedida na manhã de sexta-feira, Geninho falou sobre o peso de viajar com o risco de voltar à zona.
“A possibilidade passa (na cabeça), mas procuro não ficar pensando nela. Não faço dela um fantasma e passo esse pensamento para os jogadores. Uma eventual queda seria uma mancha muito grande no currículo de todos”, admite o treinador.
Geninho, portanto, procura conscientizar os atletas da responsabilidade que precisam administrar: “Ninguém sai imune de uma queda. A gente pensa nisso e convive com isso. Comente com os jogadores porque eles têm de saber da realidade. A gente não pode escondê-la. Mas, como disse, procuro não fazer disso um fantasma”.
O técnico procura admitir que a ansiedade pode bater e procura meios de conviver com ela: “Pode ser que tenhamos um último jogo, em que a gente precise da vitória para não cair. E aí a gente passe uma noite em claro. Mas isso não pode inibir a gente de trabalhar. Não posso deixar de trabalhar por medo do que vai acontecer. Tenho que encontrar um caminho para que a gente atinja o objetivo, que é a permanência na Série B”.
Motivar O discurso de Geninho é convincente. Sempre com uma voz serena em suas entrevistas, o técnico procura transmitir segurança aos torcedores e tranquilidade.
Na relação com o grupo, o comandante, que é notadamente adepto das preleções e palestras com os jogadores, busca fazer o mesmo.
“Tem que ter tranquilidade, não pode apavorar com o momento senão não consegue executar o que eles podem. E tem que ter foco no objetivo, saber o que se quer e o que é preciso para atingi-lo. Procuramos passar essa confiança para o grupo”, explicou Geninho.
Nas contas do próprio técnico, o Vitória precisa somar mais 12 pontos dos 24 disponíveis para se salvar do rebaixamento. Ou seja, 50% de aproveitamento. Já que tem 33 pontos, chegaria a 45.
“A partir de agora, qualquer ponto é valioso. Se a gente tivesse empatado com o Londrina, seria bom porque poderíamos perder nesta rodada e não voltar para Z4. Tentar fazer esses 50% de aproveitamento ou até mais para que a gente não fique dependendo da última rodada”, disse.