Parque Marinho Soteropolitano: você já ouviu falar?

Mergulho em Parque Municipal subaquático atrai turistas e 'nativos' da capital baiana

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  • Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2021 às 06:30

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Robson Oliveira/Divulgação

Um voo sem asas na imensidão de um mundo fantástico subaquático. É assim que o mergulhador e proprietário da empresa Submerso Esportes Aquáticos, Robson Oliveira, descreve a sensação de mergulhar nas águas do Parque Municipal Marinho da Barra, que fica situado na entrada da Baía de Todos-os-Santos.

O parque fica entre dois fortes: o Santa Maria e o Santo Antônio (Farol da Barra), em uma região que passou a contar com ações efetivas para a preservação ambiental. O roteiro turístico tem sido muito procurado por turistas e por soteropolitanos, que gostam de aventuras e buscam redescobrir Salvador através de atividades esportivas.

O Parque Municipal Marinho tem uma área de 322.143 m², englobando três naufrágios que ocorreram na região da Barra nos séculos XIX e XX: o Bretagne (1903), Germânia (1876) e o Miraldi (1875). O parque foi idealizado por um grupo de moradores da Barra, admiradores do ambiente marinho e, desde 2016, a sua criação é apoiada pela Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Sustentabilidade e Resiliência (Secis). Mergulho com direito a fotos e vídeos custa R$250 (Foto: Robson Oliveira/Divulgação) Entre as ações realizadas a partir do decreto de criação do parque, assinado pela administração municipal em 2019, está a preservação dos resquícios históricos do local, regras para o controle de pesca, do trânsito de embarcações motorizadas e atividades que causem impactos negativos ao ecossistema marinho. 

Além disso, são promovidas ações de preservação, preocupação com o fomento de atividades ligadas ao turismo ecológico, pesquisas científicas e práticas de educação ambiental, coordenadas pela Secis.

No parque, o público pode contemplar quatro naufrágios históricos na região e viver a experiência de mergulhar entre peixes, cavalos marinhos, corais e tartarugas marinhas.

"O afundamento de naufrágios próximos ao parque trouxe Salvador de volta para a rota de turismo náutico. Ter uma área como o Parque Marinho é muito importante, porque vivemos em uma cidade urbana e em nenhum lugar do país tem isso – a possibilidade de fazer um mergulho com tantas belezas em uma área urbana", afirma Oliveira.

O instrutor de mergulho tem 13 anos de experiência na profissão e aponta que cerca de 50% dos turistas costumam procurar as atividades de mergulho no local, e 50% dos baianos procuram a atração para conhecer a beleza das águas da cidade."O meu principal trabalho hoje é mostrar que Salvador é o maior ponto de mergulho do mundo, porque temos acessibilidade, a água é quente o ano todo, limpa e ainda, possibilita o nado com naufrágios", afirma.Secretária municipal de Sustentabilidade e Resiliência (Secis), Edna França afirma que o Parque Marinho da Barra é um tesouro na Baía de Todos-os-Santos idealizado por cidadãos admiradores do ambiente marinho e usufruído por pessoas do mundo inteiro que visitam Salvador.

"É um lugar que tem uma grande riqueza histórica submersa, a exemplo dos três naufrágios que formam um interessante sítio arqueológico, permitindo atividades como o mergulho de contemplação e pesquisas, que não geram prejuízos à fauna e à flora marinhas do local", diz a secretária.

Para os interessados em viver a experiência do mergulho com direito a fotos e vídeos de todo o passeio, além do acompanhamento por uma equipe profissional de mergulho, o valor do investimento cobrado é de R$250,00. A empresa Submerso Esportes Aquáticos também promove outras experiências de passeios e aprendizagem esportiva, como stand up padle, caiaque e mergulho adaptado para pessoas com deficiência.