Paulinha Abelha usava ao menos 17 substâncias que afetavam o fígado; veja lista

Substâncias eram utilizadas para perda de peso

Publicado em 8 de março de 2022 às 09:47

- Atualizado há 10 meses

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Um enorme coquetel de remédios para emagrecer foi a provável causa da morte da cantora Paulinha Abelha, da banda Calcinha Preta. De acordo com uma reportagem do Domingo Espetacular, um exame realizado após a morte da artista indicou uma necrose que poderia corresponder a uma “injúria hepática induzida por medicamentos”. 

Foi encontrada uma receita médica, fornecida pela própria nutróloga da artista, indicava 17 substâncias que, combinadas, poderiam ter sobrecarregado o funcionamento do seu fígado.

Entre as substâncias estão um antidepressivo, um redutor de apetite, um suplemento alimentar, um regulador do sono , um estimulante, calmantes naturais, uma cápsula para memória e concentração e uma fórmula que promete inibir o apetite e reduzir medidas. Um de seus componentes é a erva asiática Garcinia Gambogia, que é potencialmente hepatóxica e pode levar a uma hepatite fulminante.

Na receita também constava um combinado do farmaco orlistate com morosil - um extrato de suco de laranja vernelho que combate a gordura localizada. Seus componentes inibem as enzimas do fígado, dificultando que o órgão exerça a sua função. De acordo com os médicos ouvidos pela reportagem, a associação medicamentosa criou uma alta demanda para ser processada, o que acabou sendo dificultado pelo uso do morosil.

O problema teria sido agravado pela possível aplicação de barbitúricos. Estes sedativos não constam na receita da nutróloga, mas foram encontrados no painel toxicológico. Em geral, são ministrados em hospitais. P

or meio de uma nota, a nutróloga da cantora informou a reportagem do "Domingo Espetacular" que Paulinha Abelha iniciou o tratamento com ela em 2020, e que "todos os medicamentos prescritos para a paciente o foram dentro de todos os protocolos médicos previstos para o quadro clínico que esta se apresentava".