Paulo Darzé apresenta exposição sobre Leda Catunda

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  • Cesar Romero

Publicado em 14 de junho de 2021 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Na Paulo Darzé Galeria de Arte, já aberta, a exposição de Leda Catunda, ficando em cartaz até final de junho de 2021, a mostra é presencial e virtual, reunindo trabalhos criados em 2020 e 2021.  

Leda Catunda nasceu e vive em São Paulo. Formada pela Faculdade Armando Álvares Penteado em 1984, teve como professores de graduação Julio Plaza, Regina Silveira, Walter Zanini e outros luminares, que a introduziram no universo de arte conceitual. Sua estreia em exposição se deu por meio da então diretora do MAC – USP, Aracy Amaral, na exposição coletiva Pintura Como Meio, de trabalhos inéditos, em 1983. Ganhou destaque nacional após participar da exposição Geração 80, Como Vai Você?, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro em 1984. A partir desta mostra é reconhecida pela crítica de arte e o mercado.

Pintora, artista multimídia e gravadora, lecionou na FAAP de 1986 a 1988. Participou de três Bienais de São Paulo (1983, 1985 e 1994) e outras exposições de grande importância. Possui obras em coleções públicas e particulares no Brasil e no exterior, expondo na Espanha, França, Holanda, Portugal, Suécia, Alemanha, Cuba, Argentina, Porto Rico, Venezuela, México, Estados Unidos, Japão e Austrália, além de várias cidades brasileiras.  

O imaginário de Leda Catunda são formas labirínticas que ela desenvolve com grande habilidade. Leda desenvolvia um trabalho de pintura e por incrível que pareça o ressurgimento da pintura era algo inesperado num contexto posterior à desmaterialização da arte e à arte conceitual dos anos 70. Nos anos 80, há um retorno à pintura com os selvagens alemães, a trans-vanguarda italiana, e surgimento de Scnabel, Fisher, Sandro Chia. Teria sido Leda Catunda uma das pioneiras? Sua carreira deslanchou sendo convidada para eventos de importância. Aos 24 anos realiza sua primeira individual na Thomas Cohn Arte Contemporânea do Rio de Janeiro.

 Utilizava inúmeros materiais da indústria como tapetes, colchões e acolchoados, plásticos, criando uma figuração cativante e alegre. Leda segue seu caminho com os traços dos desenhos parecendo infantis, e cores rebaixadas, tons terrosos e poucas vibrações. É o seu modo de fazer sua cor, que não enriquece o trabalho, desbota-o. Grande parte das produções de Outono tem uma espécie de rolo que contorna a obra ou parte dela, pode pensar-se num turbante ou rolo de pano para apoiar objetos na cabeça, enfim a moldura de uma pintura objeto.  

Em suma, são trechos que disputam presença tornando-se a própria obra. Na exposição Outono Não Deixa Certezas tudo é possível de questionar-se.