Paulo Guedes compara funcionário público a 'parasita' em palestra

Ministro falava da reforma administrativa, que deve seguir para o Congresso semana que vem

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  • Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2020 às 15:23

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

O ministro da Economia, Paulo Guedes, comparou funcionários públicos a "parasitas" nesta sexta-feira (7), quando falava das reformas administrativas que o governo federal planeja. As propostas com mudanças devem seguir para o Congresso já na semana que vem. A fala aconteceu em palestra na Escola Brasileira de Economia e Finanças da Fundação Getúlio Vargas, segundo o G1. 

Guedes criticou o reajuste anual do salário de servidores, pois afirmou que estes já contam com privilégios como a estabilidade no emprego e uma "aposentadoria generosa". Disse que a máquina pública não se sustenta financeiramente em nenhuma das três esferas por conta de questões fiscais e que a carreira do funcionalismo como um todo deve ser revista.

"O hospedeiro está morrendo, o cara virou um parasita, o dinheiro não chega no povo e ele quer aumento automático", criticou.

Para o ministro, sua opinião reflete a dos brasileiros. "A população não quer isso (reajuste automático para o funcionalismo público). 88% da população brasileira é a favor, inclusive, de demissão no funcionalismo público", diz. "Nos Estados Unidos ficam quatro, cinco anos sem dar reajuste e quando dá todo mundo fica 'oh, muito obrigado'. Aqui o cara é obrigado a dar (reajuste) porque está carimbado e ainda leva xingamento, ovo, não pode andar de avião", continuou.   O número vem de pesquisa Datafolha que aponta que 88% dos entrevistados acreditam que o funcionário público que não faz um bom serviço deve ser demitido.

O governo tem expectativa de uma tramitação rápida para a reforma administrativa, entendendo que o Clima no Congresso é "extremamente favorável", segundo Guedes. 

Sobre a reforma tributária, o ministro disse ser "mais complexa" e deve ser apresentada a um comitê conjunto, formado por Câmara e Senado, mas ainda sem data definida.