Perfis de trabalho diferem entre capital e interior, diz economista

IBGE divulgou as características do mercado de trabalho em 2018

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  • Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2019 às 05:15

- Atualizado há um ano

Se Salvador registrou um aumento de 52,7% em quem usa o carro para conseguir dinheiro para se manter, na Bahia o que aumentou foi o número de trabalhadores nas ruas, com 305 mil pessoas a partir dos 14 anos atuando nas vias públicas - o segundo maior contingente do tipo, abaixo apenas do existente no estado de São Paulo. 

O coordenador de Pesquisas Sociais da SEI, Guillermo Etkin, explicou que o mercado do interior funciona de forma diferente do da capital. “No interior, existe uma informalidade maior que a capital. A renda média é menor e se tem um custo de vida mais baixo”, afirmou.

A diferença entre o estado e as taxas registradas apenas pela capital pode ser explicada pelo caráter mais urbano do trabalho em casa e no carro, ressaltou a supervisora de disseminação de informações do IBGE, Mariana Viveiros.

“O perfil do trabalho informal na capital é diferente do estado como um todo. O carro é mais importante na capital. Já o trabalho da rua tem um perfil mais democrático [no interior]”, afirmou.

Na Bahia, o percentual de pessoas trabalhando nas ruas, em casa ou em veículo sofreu uma redução de 2012 a 2015. A partir de 2016, estas modalidades de emprego retomaram a alta fechando 2018 em 15,7%. Com isso, o estado subiu no ranking nacional do indicador, passando de 12º maior percentual em 2016, para o 9° maior percentual de pessoas trabalhando nas ruas, em casa ou em carros no ano passado.

* Com supervisão do chefe de reportagem Jorge Gauthier