Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Pesquisador da Fiocruz Bahia é novo integrante da Academia Brasileira de Ciências

Galvão integra a ACB como um membro na área de Ciências da Saúde

  • D
  • Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2022 às 17:15

O pesquisador da Fiocruz Bahia Bernardo Galvão Castro é um dos novos membros titulares da Academia Brasileira de Ciências (ABC), eleito por meio de Assembleia Geral, realizada no dia 1° de dezembro. A nomeação ocorre por meio da indicação de outros membros, e busca reconhecer cientistas com atuações destacadas e com notória liderança em sua área. Galvão integra a ACB como um membro na área de Ciências da Saúde. Médico, Patologista e Imunologista, ele tornou-se amplamente reconhecido por ter sido o primeiro cientista a isolar o vírus do HIV na América Latina.

Os estudos do pesquisador com o retrovírus também auxiliaram a implantar as bases de triagem do HIV no sangue, auxiliando a conter a transmissão via doação sanguínea, assim como a consolidação do Programa Nacional de Controle do HIV do Ministério da Saúde. A pesquisa do cientista se volta agora ao estudo do vírus-T linfotrópico humano do tipo 1 (HTLV-1), outro retrovírus da mesma família do HIV. Galvão foi responsável pela fundação do Centro Integrativo e Multidisciplinar de Atendimento ao Portador de HTLV (CHTLV) da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), centro responsável pelo acolhimento de mais de duas mil pessoas em todo o estado da Bahia.  

Galvão acredita que com esta honraria ele possa conseguir mais avanços em pesquisas e na implantação de políticas públicas para a prevenção, cuidado e tratamento para as pessoas vivendo com HTLV. “Sinto-me honrado por ter sido eleito Membro da Academia Brasileira de Ciências. Para mim significa o reconhecimento, pelos meus pares, de uma carreira dedicada a ciência da saúde. Agradeço a Fiocruz que me forneceu as condições necessárias para o desenvolvimento de pesquisas durante 30 anos”, reconhece o cientista, que hoje é pesquisador emérito da Fundação. 

"São 20 anos de trabalho aqui na Bahia, dedicando meus estudos aos portadores de HTLV, que é uma infecção que causa doenças muitos graves e é extremamente negligenciada. Espero que esse cargo me proporcione mais condições de lutar por essas pessoas, que são carentes socioeconomicamente e que precisam de mais pesquisas e cuidados", acrescentou.  Pesquisador da Fiocruz Bahia Bernardo Galvão Castro (Foto: arquivo pessoal) Galvão ingressou na Fiocruz em dezembro de 1977. Na década de 80, o então jovem pesquisador coordenou o projeto de reforço institucional da América Latina financiado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que permitiu a implantação do Centro de Imunologia Parasitária, na Fiocruz no Rio de Janeiro. Na Fiocruz Bahia, foi responsável pela implantação do Laboratório Avançado de Saúde Pública (LASP). Bernardo Galvão mantém-se atuante também enquanto professor titular da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.

O pesquisador é membro da Academia de Medicina da Bahia, da Academia de Ciências da Bahia, membro do Conselho da Sociedade Internacional de Retrovirologia, do Conselho Curador da Fundação José Silveira, membro da Assembleia do Instituto Brasileiro de Oftalmologia e Prevenção da Cegueira e sócio da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 

Entre os prêmios que já recebeu, incluem o VI Prêmio Hélio Gelli Pereira, da Sociedade Brasileira de Virologia, recebido em 2002; a Medalha Thomé de Souza, concedida pela Câmara Municipal de Salvador, também em 2002; e o Prêmio Anísio Teixeira na categoria “Honra ao Mérito Pesquisador” na área Biotecnologia, concedido pela FAPESB, em 2006. 

Além de Galvão, foram eleitos outros 16 membros titulares para a Academia Brasileira de Ciências, oito pesquisadores estrangeiros como membros correspondentes e cinco membros afiliados de cada região escolhida: as regiões Norte, Minas Gerais e Centro Oeste, Rio de Janeiro, São Paulo e região Sul, que tomarão posse no dia 1° de janeiro de 2023.