Piloto de avião que caiu em Maraú recebe alta do HGE

Corpo da jornalista Marcela Elias já foi identificado

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  • Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2019 às 14:03

- Atualizado há um ano

. Crédito: Dudu Face/Camamu Notícias

O piloto do avião que caiu em Maraú, no baixo sul da Bahia, recebeu alta nesta quarta-feira (20). Aires Napoleão, 66 anos, estava no Hospital Geral do Estado (HGE) desde sexta-feira (15) e foi o único dos 10 ocupantes da aeronave a ser liberado até o momento.

O acidente aéreo aconteceu na última quinta-feira (14) e deixou três mortos e sete feridos. A jornalista Marcela Brandão Elias, 37 anos, foi a primeira vítima fatal e morreu ainda no local do acidente, carbonizada. O corpo dela está no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IMLNR), em Salvador, foi identificado nesta terça (19) através de arcada dentária e aguarda apenas a família para levá-lo para São Paulo, onde será sepultado. 

Leia também: Marina Ruy Barbosa e marido quase embarcaram em avião que caiu na Bahia Marcela, Maysa e Tuka morreram vítimas do acidente (Foto: Acervo pessoal) A segunda morte confirmada foi a da irmã dela, Maysa Marques Mussi, 27, que não resistiu a uma transferência hospitalar. No sábado (16) ela, que teve 50% do corpo queimado, deixou o Hospital do Subúrbio e foi levada para o HGE, onde morreu horas depois. A terceira vítima fatal foi o ex-piloto de Stock Car Tuka Rocha, 36, que teve 80% do corpo queimado e sofreu intoxicação pulmonar. Amigos relatam que ele voltou ao avião para socorrer uma criança de seis anos, sobrevivente da queda.

Dos sete feridos, cinco foram transferidos de UTI aérea para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, nesta terça-feira (19): Marrie Cavelan, de 27 anos; Marcelo Constantino, 28, que é neto de Nonô Constantino, fundador da Gol; Eduardo Mussi, 33, viúvo de Maysa Mussi; Eduardo Trajano, 38; e seu filho, Eduardo, de 6 anos (também filho de Marcela Brandão Elias). O único que segue em Salvador é como Fernando Oliveira Silva, de 26 anos.

A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou que não divulga o estado de saúde dos pacientes, mas contou que a maior parte deles está sob efeito de sedativos, por causa da forte dor pelo corpo, e alguns chegaram a precisar de anestesia geral para que a equipe médica pudesse fazer o processo de limpeza e curativos.

Investigação As causas do acidente com o avião bimotor Cessna 550 Aircraft seguem sob investigação pela Força Aérea Brasileira (FAB). Uma das hipóteses para a causa da tragédia é que o piloto Aires Napoleão Guerra tenha iniciado o pouso do avião antes da pista.

O acidente é apurado por investigadores do Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA II), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), ligado à FAB. Eles estão em Maraú desde sexta-feira (15) coletando informações.

A FAB informou que “todas as hipóteses para as causas do acidente estão sendo investigadas”, e que o prazo para finalização do relatório sobre o ocorrido é “o mais breve possível”.

A hipótese de pouso antes da pista é a que mais está sendo levada em conta para a causa do acidente, considerando o percurso que o avião fez depois de pousar no Aeródromo Barra Grande. O espaço é homologado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) desde 2013 e não tem restrições atuais para pouso e decolagem.