Polícia desarticula quadrilha que lucrou R$ 280 mil vendendo gado roubado

Grupo furtou 107 cabeças de gado no Extremo Sul do estado

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  • Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2018 às 15:17

- Atualizado há um ano

. Crédito: Polícia Civil/Divulgação

Oito pessoas que vinham atuando há pelo menos cinco meses no furto de gado no Extremo Sul da Bahia, com lucros de até R$ 280 mil, tiveram a prisão preventiva pedida à Justiça nesta quinta-feira (8), informou a Polícia Civil.

O grupo, liderado por três homens de uma mesma família, é apontada como autora do furto de gado em duas fazendas, uma em Caravelas, de onde subtraíram 55 cabeças de gado, e outra em Vereda, da qual foram levadas 52 cabeças de gado.

A maioria do gado furtado é da raça Nelore e está avaliado ao todo em R$ 220 mil. Ele era comercializado por meio de um integrante do grupo que ficava responsável somente pela comercialização - ele fraudava a documentação.

A polícia investiga se o frigorífico que comprou o gado furtado sabia que os documentos eram falsificados e como é feito o controle por parte da mesma. Em uma das vendas, o gado foi comercializado por R$ 80 mil.

Caso seja identificado que a empresa sabia do furto, os proprietários serão indiciados por receptação.

O delegado Manoel Andreetta, titular em Teixeira de Freitas, onde fica a sede da 8ª Coordenadoria de Polícia do Interior, e que atua como substituto em Vereda, disse que o grupo é suspeito de outros crimes do mesmo tipo na região.

“Há meses que viemos recebendo queixas de furto de gado e conseguimos agora identificar os autores do furtos dessas duas propriedades, onde foram encontrados os veículos usados no crime”, declarou o delegado.  

São apontados como envolvidos nos furtos os irmãos Caíque Ribeiro Moura, Elnia Alcântara Ribeiro Moura e Valdi Alves Moura. A polícia informou que dois caminhões brancos usados nos crimes pertenciam à família Moura.

Completam a lista Neyslon Nascimento Pereira, Oseni Rodrigues de Sousa, Sandro Rodrigues de Souza, Mário Lúcio Marques dos Santos, conhecido pelo apelido de Gordo, e Ruberlândio Silva Santos, o Queco. Eles negaram o crime à polícia, que não soube informar o contato dos advogados dos suspeitos.

O grupo foi ouvido na Delegacia de Teixeira de Freitas e liberado. A polícia aguarda a decisão da Justiça sobre o pedido de prisão preventiva.