Policiais baianos receberão R$ 40 milhões por redução de mortes no estado

Ao todo, são cerca de 25,3 mil servidores que repartirão o montante

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  • Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2019 às 13:18

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação/SSP

Os policiais militares, civis e técnicos da Bahia vão receber uma remuneração pela redução de pelo menos 6% em Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) em todo estado, no primeiro semestre de 2019, em relação ao mesmo período no ano passado. 

Ao todo, serão divididos R$ 40 milhões entre 25.349 mil servidores, o que renderá remuneração aproximada de R$ 1.580 por pessoa. São 19.590 militares, 4.355 civis, 841 técnicos e 563 policiais que atuam em superintendências da Secretaria da Segurança Pública (SSP).

O Prêmio por Desempenho Policial (PDP) foi criado em 2013 e já pagou R$ 172 milhões a 132,5 mil servidores. A iniciativa é desenvolvida pela SSP e tem como objetivo incentivar e reconhecer os esforços no combate à criminalidade.

“Buscamos sempre valorizar o nosso servidor com novos equipamentos, ampliação das equipes através de concursos, modernização do trabalho com incremento de novas tecnologias, entre outras medidas. O PDP é mais uma ferramenta que reconhece o esforço de todos”, comentou o secretário da Segurança Pública, Maurício Teles Barbosa.

Anuário Brasileiro de Segurança Pública Em todo o ano passado, a Bahia registrou, 6.346 mortes violentas, de forma intencional, o que representa uma queda de 9,07% em relação a 2017, quando foram contabilizados  6.979 assassinatos. A redução dos homicídios no estado ficou abaixo da média do país (10,43%). Os dados do 13º Anuário Brasileiro de Segurança Pública foram divulgados ontem pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. As mortes por ações  policiais, porém, registraram forte alta  no Brasil (20,1%) e também na Bahia (9,36%).  

O conceito de mortes violentas intencionais analisa, em conjunto, alguns tipos de delito que acabam na morte de suas vítimas. Compõem o conceito os números de homicídios dolosos, latrocínios,  lesões corporais seguidas de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais em serviço e fora dele. 

De acordo com o anuário, a redução na Bahia  atingiu dois tipos de crime, os casos de homicídio e de latrocínio. Nos casos de lesão corporal seguida de morte  o número absoluto de 2018 é maior que o de 2017 em um caso apenas, de 68 para 69.  A letalidade policial também aumentou. 

Questionada pelo CORREIO, a Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP-BA), disse que a redução no número de casos letais no estado  “é resultado do trabalho conjunto das polícias Militar, Civil e Técnica”, afirmou o órgão.  

Outro ponto analisado pelo relatório no que diz respeito às mortes violentas intencionais é o número de casos de policiais vítimas dos mesmos crimes.  O dado considera tanto policiais civis quanto militares. Foram 17 agentes vitimados em 2018, contra 20 no ano anterior.

Se como vítimas os casos envolvendo policiais diminuíram, mesmo que timidamente, as mortes em decorrência de ações policiais aumentaram no último ano. Em 2018, 794 mortes ocorreram por conta de Intervenção Policial, contra 726 casos no ano anterior. No Brasil, o número saltou de  5.179 para 6.220. Em nota, a SSP disse que “a polícia baiana responderá, sempre de forma legal e proporcional, os ataques criminosos com armas de fogo. Destaca também que os casos em que se observam ausências de confrontos, os servidores envolvidos são investigados e punidos”.