Policiais se confundem e dão voz de prisão a juiz em Curitiba, TJ-PR abrirá investigação

PMs viram o nome do magistrado assinado no mandado e acreditaram que ele era o alvo

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  • Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2021 às 20:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução/RPC

O juiz Eduardo Lino Bueno Fagundes Júnior, da 1ª Vara de Execuções Penais de Curitiba, foi surpreendido por policiais militares que foram até a sua casa e deram voz de prisão para ele no dia 26 de agosto.

Acontece que, no mandado de prisão apresentado em um print no celular de um dos PMs, o nome do magistrado estava assinado no campo de "juiz expedidor". Em nota, o Comando-Geral da Polícia Militar informou que "tão logo recebeu informação sobre a ocorrência, um procedimento administrativo foi instaurado para apurar as circunstâncias do fato". 

O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) confirmou o caso e informou, também através de nota, que abrirá uma investigação na Comissão Permanente de Segurança para apurar o episódio. O TJ ainda ressaltou que não há qualquer mandado de prisão expedido contra Fagundes.

De acordo com informações do UOL, o verdadeiro alvo do mandado já se encontrava preso. O tribunal ainda questionou o fato de que o endereço do juiz não estava no documento, já que ele não era alvo. Os agentes tiveram que pesquisar o endereço do magistrado para chegar até sua residência.

Além disso, a conduta de apresentar um print do mandado em uma tela de celular também foi questionada, já que, segundo o órgão, não condiz com o protocolo. O correto seria levar duas vias impressas do documento para a abordagem, informa o TJ.