Praias entre Rio Vermelho e Farol da Barra estarão impróprias para banho até dia 9

O funcionamento do esgoto do Lucaia ficará comprometido devido a obras

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  • Da Redação

Publicado em 7 de março de 2022 às 15:12

- Atualizado há um ano

. Crédito: Arisson Marinho/CORREIO/Arquivo

O funcionamento da estação de condicionamento prévio de esgoto do Lucaia, na avenida Vasco da Gama, será interrompido a partir das 18h desta segunda (7) devido a uma obra na rede elétrica da Coelba. De acordo com previsão da concessionária de energia, o fornecimento de energia para a ECP será retomado às 6h da terça-feira (08), quando a estação voltará a funcionar. Por isso, a Embasa recomenda que, durante e até 24 horas após a retomada, banhistas evitem as praias que correspondem ao trecho entre Rio Vermelho e Farol da Barra.

De acordo com a empresa, técnicos da Embasa, junto ao Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), estão colocando em prática as medidas para minimizar o impacto causado pela parada da ECP. Estão sendo aplicados remediadores biológicos para amenizar o odor causado pelo extravasamento de efluente e melhorar a qualidade da água do rio, assim como a instalação de redes retentoras de sólidos no encontro do rio com a praia do Rio Vermelho. 

A área social da Embasa também está em contato com lideranças das comunidades que habitam entre as praias do Rio Vermelho e do Farol da Barra, pescadores e Salvamar para alertar sobre a importância de evitar o contato ou o banho de mar durante o período.

Técnicos do laboratório central da Embasa já estão coletando amostras de água do mar em pontos da faixa de praias que vai do Rio Vermelho ao Farol da Barra desde o dia 9 para monitorar a qualidade da água do mar antes da parada. A partir do dia 7, as coletas e análises laboratoriais serão diárias e só deixarão de acontecer quando os resultados das análises forem iguais aos verificados antes da parada da ECP.   

“Já tivemos outras experiências de interrupção do funcionamento da ECP do Lucaia no ano passado e verificamos que as medidas mitigadoras de impacto, a orientação à comunidade do entorno e o monitoramento da qualidade da água do mar deu segurança à empresa, aos frequentadores dessa faixa de praias e aos órgãos ambientais do estado e do município sobre a prevenção de riscos”, explica Manuella Andrade, superintendente de produção e esgotamento sanitário de Salvador e RMS. 

A Embasa explica que a estação do Lucaia integra o Sistema de Disposição Oceânica (SDO) do Lucaia e cumpre a função de retirar sólidos grossos, fibras e partículas finas de cerca de 73% do esgoto coletado na capital baiana. Do seu funcionamento depende a destinação adequada de efluente pelo emissário submarino do Rio Vermelho, tubulação subaquática com quase 3 quilômetros de extensão que dispersa esgoto condicionado a uma profundidade de 27 metros, sem risco de degradação ambiental da flora e fauna marítimos. O SDO do Rio Vermelho tem licença do Ibama para lançar efluente no oceano.